quinta-feira, 18 de julho de 2024

Ferroviários da Vila de Marechal Floriano Part.: I /II

 

Histórias da construção da ferrovia

Inauguração da estação

Era  um domingo, dia 13 de maio de 1900, quando ao meio dia  um trem partiu da estação de Argolas, em Vitória, com destino a Estação Marechal Floriano, na Vila do Braço do Sul. Na comitiva  estava o governador José Marcelino Pessoa de Vasconcelos,  que fazia sua última viagem já que no dia 22 do mês corrente entregaria seu cargo. O trem chegou no seu destino às 15, 05 minutos, para inaugurar a nova estação .Era um dia chuvoso, mas segundo jornais, não ofuscou a festa. A partir  desta  data  tudo começou a fica diferente, a Vila perdeu o nome ,  passando a chamar de Estação de Marechal Floriano.


Com a inauguração da estação, começaram a surgir os primeiros ferroviários. O primeiro agente de estação, foi Alcino Fundão. Na época era praticante de Estação. Não residia na vila, já que a Casa do agente da estação, que começou a ser construída   em 1899.Conforme registro do Jornal Estado do Espírito Santo de 06/06/1899,  naquela ocasião não estava pronta. Somente com a venda da ferrovia para a  The Leopoldina Railway Company Limited   em 1907,  onde a obra foi  finalizada. Em 1904, Alcino era agente de estação de 3ª classe. Em 1906  foi destinado a estação de Argolas. Em 1907 foi promovido a agente de 2ª classe. Com a venda da ferrovia para os ingleses, Alcino exerceu vários cargos no governo estadual. Em  31/08/1927 foi nomeado almoxarife efetivo da diretoria de água a e esgoto. Casado com Adília Vieira. A esquerda Almanak Laemmert  1905 – Hemeroteca Digital NA. 
                                                 Ferroviários
Sobre os antigos ferroviários, sabemos muito pouco . Conforme registros de jornais de 1906, , a estação era a administrada pelo praticante de estação, já que Alcino foi transferido para a capital. Anexos  registro do Jornal oficial de 09/011/1905, constando o efetivo da Estrada de Ferro Sul Espirito Santo. Jornal  Oficial de 23/07/1907 constando  regulamento referente ao cargo de agente da Estação da estrada Ferro Sul Espírito Santo Evidencias: Arquivo nacional - RJ.



Com a venda da ferrovia para os ingleses,  foi quando chegaram os primeiros ferroviários. A casa do agente foi reformada para moradia do agente.  Porém não consegui informações sobre estes primeiros ferroviários. A direita  Relatório de 1911, publicado pelo Ministro Dr. Francisco Sá.  Ministério da Viação e Obras Publicas –Decreto de nº 6.4.56 de 20/04/1907, quando a The Leopoldina  Railway Company Limited, incorpora a Estrada de Ferro Sul Espirito Santo, que gozara direito por 45 anos.  Empresas que estes empregados trabalharam durante mais de cem anos  No período da Estrada de Ferro Sul Espírito Santo, a evidências do agente e Alcino e  José Luíz, guarda-chaves. A partir de 1907, The Leopoldina  Railway Company Limited. No final dos anos quarenta a Companhia teve muitos problemas, com dois grandes desastres, um no Estado do Rio, no rio  Tanguá, com quarenta mortes. Outro no final do ano, no Espirito Santo, conhecido como desastre do Engano. Além dos acidentes, atrasos nos pagamentos  dos empregados, atraso nos trens de passageiros, sucateamento de maquinários. Mediatamente  a todos estes problemas, presidente Eurico Gaspar Dutra encampou-a em 20 de dezembro de 1950, a lei nº 1.288 autorizava a implantação definitiva da ferrovia que passou a chamar Estrada de Ferro Leopoldina (EFL), ficando sob a jurisdição do Ministério da Viação de Obras Públicas. Com a nova empresa, os salários melhoram, obtiveram outras vantagens, o salário em dia, e um forte sindicato. Em 1956, os empregados da Leopoldina, tinham melhores, do que os da Cia. Vale do Rio Doce. O Jornal Folha Capixaba de 16/06/1956, os ferroviários da VALE, pedindo  equiparação de salários, como os da Leopoldina. Juscelino Kubitschek em 16 de março de 1957, cria  por meio da Lei 3.115, a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) era caracterizada como empresa de economia mista. Consolidando 18 ferrovias regionais, possuía administração indireta do Governo Federal e era vinculada, funcionalmente, ao Ministério dos Transportes. Finalmente em 14 de junho de 1996, a linha Centro-Oeste, foi vendida em leilão por R$ 316,9 milhões para a Ferrovia Centro Atlântica S.A, entrando em operação em 01 de setembro de 1996. Em 2011 foi criado  a VLI (Valor da Logística Integrada), reunindo todos os ativos de logística da Vale, inclusive a Ferrovia Centro Atlântica S.A. Abaixo recorte de Jornal Folha Capixaba e  Foto do ano de 2004, a estação com a locomotiva da Ferrovia Centro Atlântica.


       Caixa de Aposentadorias e Pensões  dos Ferroviários

Em 24 de janeiro de 1923,foi promulgada  a lei federal que fez dos ferroviários, no setor privado, os precursores do direito a um pagamento mensal durante a velhice. Conhecida como Lei Eloy Chaves, a norma é considerada a origem da Previdência Social. A Lei Eloy Chaves obrigou cada companhia ferroviária do país a criar uma caixa de aposentadorias e pensões (CAP), departamento incumbido de recolher a contribuição do patrão e a dos funcionários e pagar o benefício aos aposentados e pensionistas. Os empregados a Leopoldina  criaram a Caixa de Aposentadorias e Pensões  dos Ferroviários. 

Regalias

Vitaliciedade que tem  mais de 10 anos de serviço. Não podendo ser demitido , enquanto bem servirem. 
Serviço  médico em caso de doença a sua pessoa, ou pessoa da família.
Aposentadoria que tiver 50 anos, ou 30 anos de serviços.
Pensão a viúva e filhos menores.
Pagar ordenados, quando o servidor for prestar serviço militar
Os ferroviários pagarão mensalmente  3% do seu ordenado, e uma joia dividida em quatro prestações.
As empresa concorrerão com 1% de sua renda bruta.
Os ferroviários vibraram com este novo sistema, com uma adesão de quase 100% dos empregados.  Porém a Leopoldina Railway não aceitou, mas teve que cumprir a lei. Caixa de Aposentadorias e Pensões  dos Ferroviários, em outubro de 1923, saiu na frente, convocando eleição para administrar. A direita O Jornal do Brasil – RJ  de  31/10/1923.

                                             Getulismo

Assim era chamado por seus simpatizantes de "pai dos pobres", pela legislação trabalhista e políticas sociais. Antigos ferroviários  que conheci, tinham uma verdadeira paixão por este politico. Lembro-me bem, seu Manoelzinho Falcão, com uma revista O Cruzeiro, onde tinha uma grande reportagem, sobre a morte do Getúlio. Seus olhos brilhavam, ao falar deste grande presidentes, Falava com orgulho, foi o maior presidente. Na venda do seu Celso Stein, reuniam-se para debater política e tomar aquela cerveja Brahma chopp. Em 1964 tinham esperanças de que João Goulart  continuasse no poder. Em 18 de julho de 1967, quando faleceu o Presidente Castelo Branco, o agente Antonio José da Penha, soltou foguetes para comemorar a morte do militar. Tinham um sindicato ativo. Os ferroviários participaram da greve de 1964.Mesmo com  forte repressão e a intervenção do governo nos sindicatos, a greve durou duas semanas. Acabaram concedendo um reajuste de 63%. A direita acima, O jornal de 19 de janeiro de 1961. O mantenedor é responsável pela manutenção da linha e demais atividades que garantam o bom funcionamento do tráfego ferroviário. Antigamente era uma profissão que dependia de muitos esforços. Para deslocar, o trolley era movido a força humana. Usavam varas de bambu, com um ferrolho na ponta. Para deslocar em direção a Rio Fundo, tinha uma subida. Para deslocar para Domingos Martins, a volta também era subida. Tudo era manual, enxadas, picaretas, marretas e famoso arco de pua, para furar o dormente, para pregar o trilho. Sem falar o peso do trilho, que tinha em média, seis metros. A refeição era feito em casa, levavam em  marmitas de alumínio, de cinco repartições.  Até 1955, a garagem do trolley e a casa do feitor ficava na Barra do Rio Fundo, hoje Posto Ypiranga. Quem residia na vila de Marechal, tinha que deslocar até a Barra. Trabalhavam no regime de semana inglesa, onde  sábado e o domingo, tinham como  repouso. Abaixo Foto  dos anos sessenta. Empregados da RFFSA, que davam manutenção a linha.  Foto de Nair Borgo. 


                Momentos Difíceis Para os  Conservadores de Linha

Eram nas ocasiões de desastres ferroviários e   de períodos prolongados de chuvas torrenciais. Não havia descanso, pois tinha que por os trilhos no seu devido lugar, para dar continuidade ao tráfego. Foram inúmeras vezes que tiveram  situações. Em 15 de março de 1906, quando uma chuva torrencial, entre as estações de Marechal e  Santa Isabel ( hoje Domingos Martins), onde a chuva. Trabalharam por três dias e três noite, sob o comando do mestre de linha Joao Dionysio de Sousa. Neste mesmo ano aconteceu outro acidente  com barreira, onde a circulação de trem ficou parado por três meses. Em abril de 1926 , uma tromba d'água, onde o trecho entre Marechal e Domingos Martins, foi totalmente destruído. Em abril de 1937, aconteceu um grande estrago. Uma tromba d'água entre Viana e Marechal, tudo  foi destruído. A Leopoldina teve que contratar mais de 400´pessoas, para colocar os trens em circulação.  Neste período a empresa colocou em circulação, um trem entre  Marechal e Cachoeiro do Itapemirim, O trem partia de Itapemirim às 12:34. De Marechal, as 07:22 A direita o Jornal Diário da Manhã de 23/04/1937. relatando as causas da interrupção do tráfego. Nesta reportagem o presidente da Leopoldina , faz um elogio aos trabalhadores, que deram de tudo para colocar os três em circulação. A foto é de pontilhão, sitiada a três quilômetros estação de Marechal, onde podemos ver a linha suspensa  e caída no barranco. Foto original, pertence a Casa da Cultura de Campinho.


Enchente de 1960, foi outro grande prejuízo para Rede Ferroviária Federal (RFFSA), na ocasião, era a responsável pela administração deste trecho. Foram meses para recuperar a linha entre Vitoria a Cachoeiro do Itapemirim. Não podemos de deixar de citar outro acontecimento ferroviário, que acontece na véspera de natal de 1950. Um grande acidente ferroviário, perto da estação de Engano, município de Alfredo Chaves, na altura do km 539. Onde houve mortes e destruição total de equipamentos e da linha. Revista da Semana – RJ – 13/01/1951. Além da manutenção, os trabalhadores da Leopoldina, tiveram que retirar corpos, que estavam entre as ferragens.

                          O Fim das ferrovias

Com a  política de industrialização continua do presidente Juscelino Kubitschek, que assume em 1956 e elege a indústria automobilística como catalisador de seu plano de desenvolvimento Com a erradicação de ferrovias, durante  o governo militar, de uma politica voltada para rodovias, as ferrovias começaram ser sucateadas. Isto aconteceu com o ramal de Vitória a Cachoeiro. Com isto começamos a perder o apito vibrante da Mikado, saindo da estação. O glamour do agente de estação, com seu impecável uniforme.   Do passageiro vindo do Rio de Janeiro,  com suas malas recheadas de novidades, e  até a  mesa farta da Morena , com seus bolinhos e café. O guarda-chaves aposentou. No início dos anos  oitenta, partia o último trem para  Cachoeiro de Itapemirim. Ao longo dos anos, o a memória das linhas férreas, começaram  a serem  esquecidas.  Hoje  só temos lembranças dos antigos  ferroviários. Muitos já se foram. Aqueles que permanecem, de cabelos brancos, nos contam suas histórias, orgulhosos de serem ferroviários,   profissão relevante, na época. Eram tratados com muito respeito e prestígio.  A ferrovia provavelmente não vai mais existir, nesta região, mas a história destes ferroviários, jamais será esquecida. 

Poema do Ferroviário
 
O, não deixeis morrer,                                                            
Definitivamente ,
O grito lancinante das locomotivas,
Dentro da noite !

No silêncio da treva,
Quando te revolves insone,
No teu leito solitário,
È  ele que te acorda
Para as distâncias impossíveis,

Quando te debates,
Esmagado pela solidão noturna,
Ao desamparo da tua descrença.                                               
No velho drama, da angústia metafisica,
Em face da razão geométrica,
É o gemido humano das locomotivas
Que te acena pasárgadas e Schangri-Lás
Para a inútil evasão de ti mesmo.

Se te envergonhas da tepidez de teus agasalhos,
Por saberes que há tantos corpos miseráveis
Estirados no chão nu,
Esse apito na escuridão, é o clarim que te anuncia
a madrugada do mundo melhor de  amanhã.


É ainda ele quem te leva
Para essas ilhas do amor recíproco,
Afloradas no vago mar do teu sonho.
.
Escutai, pois,
Ó técnicos da eletrificação,
 e perdido clamor do poeta terrestre !
 Escutai e atendei,
Imitando-o no adeus de vossas Diesel Elétricas !

E não deixeis morrer,
De todo para o sempre,
O grito lancinante das locomotivas,
Dentro da noite... 

Do livro “ Cântico  dos Pioneiro” do farmacêutico J. Melo Macedo, de Tanabi, São Paulo;
Evidências; Gazeta da farmácia – 1963. Arquivo Nacional – RJ.
  

     Laurentino  Bandeiro
 
Um dos primeiros empregados da antiga Leopoldina. Nasceu na vila do Braço do Sul, em 03/06/1898, filho de José Bandeira da Vitória, falecido em 05 de maio de 1925 e Braulina  Maria do Rosario, nascida em  05 de julho de 1883.  Em 20 de outubro de 1953 casou no cartório de Araguaia  com Ana Maria de Oliveira, nascida em 18 de junho de 1906, na vila de Marechal Floriano, filha de João Portinho de Oliveira , falecido em 04  de abril de 1923 e Dorotheia Maria Oliveira, falecida em 10 de fevereiro de 1921. O comerciante Celso Stein, conhecia muito bem a historia deste casal.  Com a morte de Laurentino, Celso administrou a vida da Ana, muito conhecida em Marechal como “Aninha Bandeira”. Laurentino começou ainda jovem a trabalhar na ferrovia. Conheci este senhor, que comprava na venda do meu pai. Usava um chapéu de palha, de abas longas. De fala mansa. Era um senhor de estatura alta e forte. Aos domingos sentava num velho banco da estação com seus amigos, para contar historias. Faleceu em 09 de julho de 1957, com 59 anos, sendo a causa da morte, colapso cardíaco. Já estava aposentado. A direita registro de casamento de Laurentino APEES. 
                   Feitor de Turma  Ferroviário
Era responsável pela manutenção da linha, como troca de dormentes, trilhos, limpezas de bueiros. Andava sempre na frente do trolley. Carregava uma pasta de ferro, onde continha documentos de apontamentos.

Benício Nascimento da Victória
Foi feitor por muitos anos na antiga Leopoldina e RFSSA. Nasceu em 28 de agosto de 1908, na Barra do Rio Fundo, filho de Francisco Nascimento e Joanna Conceição Em 02 de julho de 1932 casou no cartório de Rio Fundo com Maria Pereira da Silva, nascida em 07 de setembro de 1904, em Viana, filha de Emidio Silva e Vicência Maria. Benicio faleceu em 26/08/1964, com  56 anos. 

                                                                Guarda-Chaves


O primeiro registro que temos foi José Luís, da antiga Sul Espírito Santo. Em 1918 temos Francisco Paulo, empregado da Leopoldina Railway Company Limited. Guarda- chaves numa estação fazia de tudo. Desde de limpar a estação, pátios, engraxar as chaves, fazer manobras, controlar entradas e saídas de mercadorias. Ainda fazer serviços na casa do agente. Naquela época as locomotivas eram tocadas a lenha. Quando uma composição chegava na estação com pouca lenha, era guarda-chaves que tinha que abastecer. Tinha um tempo curto, para colocar na máquina, no mínimo, um  metro cúbico de lenha. A direita, anos  setenta, estação com desvio para a rua, na Praça José Henrique Pereira.

                                                Continua [... ]



segunda-feira, 15 de julho de 2024

Registros antigos de Marechal Floriano Jair Littig Part.:IV / IV

 Com a entrada do Brasil, mudou-se a realidade. Sabemos que no mundo , Hitler era uma figura muito desejada, principalmente por políticos ditatoriais. No Brasil, Getúlio tinha uma grande simpatia. No município de Domingos Martins também tinha simpáticos ao nazismo. Muitos foram presos por demonstrarem  afetividades ao regime, outros por ser  alemão,  foram enviados para Vitória, e lá ficaram por muito tempo. Com o início da guerra, começaram a faltar alguns tipos de alimentos, como o caso do trigo. Tudo que utilizava trigo, passou para a   farinha do milho. Até o sal ficou escasso, já que o maior produtor era o nordeste, nesta região muitos navios foram afundados. Nas escolas haviam  uma fiscalização rigorosa, pois já tinha  um decreto proibindo escola em idioma alemão, mas mesmo assim algumas praticavam.  Gisela Salloker, foi interventora no Espírito Santo, durante o período da guerra. Era extremamente rigorosa, enviou muitos professores para a cadeia, principalmente, nos interiores. Meu tio Emílio Gustavo Hülle, por diversas vezes teve que acompanhar inspetores de ensino, que foram visitar a escola de Marechal Floriano, no período da guerra.

Carlos Littig V

Residia em Marechal Floriano, luterano, membro da diretoria da comunidade. Tinha uma escola ao lado da sua residência. Recebia constantemente estrangeiros, principalmente alemães, que vinha hospedar em sua residência, afim de fazer pesquisas, com animais, pássaros, plantas. Tinha assinatura de um jornal em língua alemã. No período da guerra foi denunciado. Depoimento de  seus filhos Valter e Edmundo.  “No período da 2ª Guerra Mundial, papai por ser amigo do Pastor Karl  Bielefeld e pertencer a diretoria da igreja luterana de Campinho,  foi perseguido, por não deixar de falar o idioma alemão. Seu filho Walter dizia que falavam o alemão somente em locais onde não percebiam pessoas estranhas, e assim mesmo em tom baixo. Foi chamado na delegacia de Campinho a respeito de praticar o idioma alemão, mas na época o Prefeito Otaviano Santos deu todo apoio moral, onde Carlos retornou para sua residência. Retirou de suas paredes quadros onde tinham  informações  na língua alemão,. Escondeu todos os livros, bíblia, documentos e fotos dos seus antepassados. Muitos dos amigos e parentes,  com o medo da repressão, destruíram  tudo  que era referente aos alemães. Papai  fez o contrário, nada destruiu”. Na foto esquerda Historias do seus filhos Valter e Edmundo Littig – 2004. Foto da diretoria da igreja luterana, na época da 2ª Guerra Mundial . Carl esta atrás do Pastor Bielefeld, o terceiro da esquerda para direita. 
Minha contava  que seu pai  no período da guerra deixou de ir a capital. Um dos motivos era o temor de ser agredido, por ser filho de imigrante alemão. Quando foi noticiado o fim da guerra, os trens  chegavam na estação de Marechal apitando. No noturno que vinha do Rio de Janeiro, quando chefe do trem  informou o fim da guerra, foi um verdadeiro carnaval. Em Santa Isabel teve uma carreata com fogos de artifícios. Sabemos que somente dois martinenses foram para a guerra, os irmãos Sebastiao e Germano Helmer . Muitos ficaram de prontidão, era caso do meu primo Otto Littig, que serviu no Rio de Janeiro. Alfonso Lovatti, dentista prático em Marechal Floriano, serviu o exército neste período, foi assistente médico. Com o fim da guerra, tudo voltou ao normal, já se podia expressar o alemão pelas ruas. Porém a guerra foi um desastre para as culturas germânicas e italiana no atual município de Marechal Floriano. Muitas famílias deixarem de ensinar o idioma a seus filhos e netos. Foram queimados livros, fotos e documentos. Em 1970 quando comecei as minhas pesquisas, o que eu ouvia dizer era “ no período da guerra, papai queimou tudo”. Emílio Gustavo Hülle relatou que seu pai Emílio Oscar Hülle, pediu aos seus filhos  que no seu túmulo não utilizasse  o idioma alemão. Segundo ele, era para não ter mais constrangimento, que teve  em 1942, no período da 2ª Guerra. Túmulo do Emilio Oscar Hülle e sua esposa Catharina Schneider. Acervo Jair Littig – 1994.

Eliseu de Oliveira
Nasceu em Sapucaia em 10 de março de 1925,filho de Antonio Lourenço de Ana Maria de Oliveira. Em 31 de março de 1959 casou na igreja luterana de Campinho com Frida Brüske nascida em  08 de janeiro de 1943, filha de Martinho Brüske  e Wilhelmine Albertine Auguste Kreitlow. Eliseu  em 1944 prestou juramento a bandeira com voluntario da Marinha, conforme registro do Jornal Diário da Noite de 13/01/1944.Serviu a Marinha num período da segunda guerra mundial, onde morreram mais de 1.700 marinheiros. Recebeu a medalha naval de serviço de guerra, duas estrelas. Instituída em 13 de dezembro de 1943 pelo Decreto 6095 a Medalha de Serviços de Guerra era concedida aos militares das Marinhas de Guerra Nacional e Aliadas, da ativa, da reserva ou reformados e aos Oficiais e tripulantes dos navios mercantes nacionais e aliados, que tenham prestado valiosos serviços de guerra quer a bordo dos navios quer em comissões em terra. Eliseu foi um desconhecido em Marechal Floriano, mas a sua história de vida foi um exemplo, já que nesta época em que prestou juramento a marinha, muitos jovens brasileiros  fugiam da guerra. Eliseu foi como voluntário.. Faleceu em Marechal Floriano no dia  10 de fevereiro de 1994. Abaixo medalha recebida da Marinha e recorte de jornal sobre o Juramento da bandeira.


Miguel Antonio Mascoli
Mais conhecido como seu Mascoli. Foi agente de estação em Marechal Floriano entre 1955 a 1957. Na época o  agente de estação fazia de  tudo na vila, de delegado a eletricista. Era ele que ligava as luzes das ruas. Conhecia muito bem o sistema de energia. Era um torcedor fanático do Botafogo do Rio de Janeiro. Em 1955 um jogo entre o  Botafogo e América, onde  o seu time tinha que ganhar  para chegar a final com Flamengo. Quando o América fez o terceiro gol, seu Mascoli correu no transformador  e desligou a sistema de energia da vila. Não havia radio a pilha.  Ao anoitecer quando o jogo já tinha terminado, ligou a energia. Resultado América 3 x Botafogo 1.  Nasceu em 30 de janeiro de 1917 em Ibitirui, Alfredo Chaves. — Filho dos imigrantes italianos Mascoli Nicola e Angela Ozelami  Casado com Adélia Ronfin. Faleceu em 12 de setembro de 1988, em Alfredo Chaves. Historias de Marechal Floriano.

Josephina Rodrigues
Pouca se sabe  desta senhora .  Em 1911 já residia na vila. Uma senhora de pequena estatura,  gostava de Andar com um lenço no pescoço. Quando  conheci já tinha  cabelos brancos. Diziam que era carioca. Faleceu no final dos anos sessenta. No Jornal Diário da Manhã de 07/04/1911, tem uma reportagem sobre uma excursão  pelo trem de passageiros, onde visitaram  as estações de   Germânia, Marechal Araguaia e Matilde.  Na visita a vila, é mencionado o nome de Josephina.  Marechal tem uma rua no centro da cidade com seu nome.

Maria Bleidorne - Benzedeira
No Brasil existem homens e mulheres que são curadores, que aplicam a sabedoria ancestral, em chás de ervas, banhos e benzimentos, com rezas e cantos, e com essas práticas conseguem minorar muitos dos males que atingem os que as consultam. Assim, são essas pessoas, que conhecem as folhas, as cascas, os cipós, as luas mais propícias e também, as rezas que orientam sua fé na cura. Em Marechal também teve sua benzedeira, Maria Bleidorne, mais conhecida com Mariquinha Plaidor.  Residia no final da rua do Sapo, hoje bairro Jarbinha. Tinha uma pequena casinha, onde a  cozinha e o quarto, eram juntos.. De estatura alta,  cor negra, já que sua mãe era brasileira. Filha de Manoel Bleidorne e Anna Maria Nei. Maria Ludger nasceu em 02 de outubro de 1883, batizada na igreja católica de Viana. Em 07 de novembro de 1914 com 31 anos, casou na igreja católica de Santa Isabel com Felipe Kroebel, filho de João e Francisca Correia Machado.  Viúva, Maria casou novamente em 21 de outubro de 1925, na capela católica de Soído, com o Joaquim Francisco Fraga Beltrão, viúvo de Julia da Costa Santos ,de 54 anos, filho de Maria Ferreira da Vitória. Embora a reza predominava do catolicismo, mas os luteranos também  recorriam a esta velha senhora. È o caso da minha mãe, que muitas vezes, levou seu filho mais novo para tirar mal olhado.  Ainda lembro-me do  cheiro da arruda. Era uma trouxinha em  que a benzedeira   batia na minha cabeça varias vezes, rezando com terço e um copo d'água para  molhar a arruda.   Mariquinha faleceu  em 1960. 


Junta de Boi
 É o nome popular dado a uma dupla de bois ou mais ,utilizados para desenvolver trabalhos de tração em atividades rurais como puxar um carro de bois,  como arado, e outras formas. Na região serrana este tipo de transporte foi muito utilizado para retirar madeiras de lugares onde era difícil  o acesso. As juntas de bois são unidas por uma canga, que assenta na nuca dos bois, prendendo-os pelo pescoço.  Bernardo Ambrozine  possui este tipo de transporte. Residia na Estrada de Rio Fundo. Em 1957 tirou madeira das matas do comerciante José Henrique  Pereira para reforma da residência de seu filho Hercílio. Bernardo faleceu em  18 de outubro de 1994, com 87 anos, sepultado em Marechal Floriano. 

João Lübe Sobrinho
Em 1933 requereu ao governo  para fabricar vinho de laranja. João tinha grande experiência em fabricação de vinho, inclusive trabalhou com a familia Kautsky de Campinho.  A fábrica  operou por muitos  anos no antigo barracão do Eduardo Rupf. O Jornal  Diário da Manhã de 04/08/1933. Reportagem sobre a fábrica. Maria de Lourdes Lübe, nascida em 15 de junho de 1921, filha de João Lübe Sobrinho e Maria Ewald. Maria faleceu em 04 de novembro de 2012. Foi casada com Alcides Endlich. Foto de  2010. Campinho.
Rudolf Littig em 1955, comprou um terreno  na antiga estrada do Batatal, na vila de Marechal Floriano, pertencente a Eduardo Rupf, no valor de quinhentos cruzeiros, para construir uma capela Missouri. O proprietário  autorizava  a construção de uma igreja, desde que desse manutenção no cemitério que estava ao lado. 




BR 31  - BR 262
Foi projetada em 1949, no governo de Getulio Vargas. Partindo do Porto de Vitória, com destino final em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. No município de Marechal Floriano teve inicio em 1954, com a Construtora  Baiana iniciando as obras em Vitor Hugo, em direção a Marechal Floriano. Em fevereiro de 1957 começou o locamento do trecho entre Marechal a Santa Isabel. Em agosto de  1957, a Construtora Virgilio Uchoa, deu o inicio a obra. Em 1962, uma nova concorrência para reabrir de Marechal até Vitor Hugo. Novamente uma Companhia Baiana. A esquerda Manoelino, gerente operacional da Virgilio Uchoa. 
    O começo:
Era sábado,  07 horas da manhã, do   dia 26 de julho de 1975, véspera da festa de Santana, no depósito de ração da Cargill, no prédio do Augusto Hülle, reuniram-se quatro jovens  amigos: Orly de Vargas , Dilsinho Walter  , Mazinho Kiefer  e Caetano Roberto. Sem alternativa para o futebol em Marechal, fundaram um novo time, para dar oportunidades a tantos jovens que queriam  jogar futebol. Assim surgiu o Apollo XIII.



Maria do Nascimento Braga
Nasceu em Niterói em 3/06/1891, filha Manoel Rodrigues Costa do Nascimento  e Amélia Braga do Nascimento. Era conhecida como D. Mariquinha.Em 15/01/1919, casou em São Gonçalo  com Antenor dos Santos Braga. Em 12 de julho de 1929, era funcionaria dos correios em Marechal Floriano. Falecem em 06 de março de 1964, sepultada em Marechal Floriano. Abaixo recibo de uma carta constando o nome do encarregada dos correios da época. Pescaria em Anchieta Da esquerda para direita Adelson Fischer, Waldemiro Rupf, Miguel Correia, Honorato Moreira , Nilson Stein, Ari Ribeiro abaixado com seu filho Flavio e Nena Stein, José Maria  Vasconcelos. Abri/1975.


Décio da Silva Thevenard
 Filho de Joaquim Thevenard e Julia da Silva Thevenard, nasceu em Marechal Floriano, Domingos Martins, no dia 18 de Maio de 1923. Na época seu pai era o guarda-livros do Coronel José Henrique Pereira. Mudou para a cidade de Vitória para estudar. Quando jovem decidiu fazer faculdade de arquitetura, e mudou-se para Belo Horizonte para estudar na Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais (EABH). Em 1948 concluiu o curso, adquirindo o grau de Engenheiro-Arquiteto. O governo do Estado, no ano de 1967, cria a Companhia Espírito Santense de Saneamento – CESAN e nomeia Décio Thevenard para Diretor-Presidente que assume em 29 de Dezembro de 1967 e fica na presidência até 26 de Abril de 1970. Em 15 de Abril de 1970, Décio da Silva Thevenard assume a prefeitura por indicação do Governador na época Christiano Dias Lopes Filho (31/01/1967 – 15/03/1971) seu cunhado, irmão de Maria de Lourdes Dias Lopes Thevenard. No dia 04/02/1988 Décio da Silva Thevenard com 64 anos, foi assassinado em sua casa, na Praia de Santa Helena, quando tentou evitar um assalto. Sua morte foi muito noticiada, e o sentimento de falta de segurança ficou marcado. Acervo família Thevenard

Padre Mathias  Esser  veio para Santa Isabel em fevereiro de  1910, ficando até dezembro de 1916.Na foto é primeiro da esquerda para direita. Mathias rezou a primeira  missa na capela católica de Marechal Floriano em 16/12/1916.No fundo igreja católica de Biriricas. Abaixo Nelson Endlich um dos primeiros batizados realizados na capela católica de Marechal Floriano, em 18/12/1916, pelo padre Mathias Esser .

Karl Emil Otto Trautvetter
 Chegou ao Espírito Santo em julho de 1876.Veio da Alemanha. Nasceu em 27 de setembro de 1853 em Erkersdorff, Silesia. religião luterana. Casado com Emilie Auguste Springer , nascida  em 24 de setembro de 1852 em Chemnitz.  Faleceu no Rio de janeiro com 55 anos em 12/03/1908 filha de Augusto  e Augusta Springer. Deu entrada no Espírito Santo como o sobrenome Trantortter. Proprietário dos lotes 254, na Vila do Braço do Sul. Esta área hoje pertence a Uma outra parte deste lote, hoje é a margem direita do Rio Jucu, entre a SESAN até a residência do Floriano Kiefer. Hoje bairro Jarbinhas. Karl é uma  pessoa desconhecida em Marechal Floriano. Foi procurador da prefeitura de Santa Isabel, no governo do   do Philipp Endlich.  Karl mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na fabrica de tecidos Bangu. Seu último registro de vida consta na  Gazeta Suburbana de 29/09/1910.inada constava o nome Karl Emil, como cobrador da Associação Charitas. Hemeroteca digital RJ A esquerda
 reportagem sobre instalação do Club Republicano no Braço do Sul, onde consta Trautvetter como secretário. Jornal O Cachoeirano de 25/08/1889. Hemeroteca Digital - RJ.

Família Siqueira
Chegaram na Colônia de Santa Isabel  em meadas de 1870, conforme registros na igreja católica de Santa Isabel. Izidro Pinto de Siqueira era o patriarca da família, filho de Joaquim Pinto de Siqueira. E Carolina Maria de São José. Casado com Leonidia Maria da Conceição, filha de Ana Maria da Conceição. Leonidia faleceu em 08 de setembro de 1927, sepultada em Santa Isabel, com 70 anos. Izidro faleceu em 16 de setembro de 1927, com 71 anos. Embora residentes  em Todos os Santos, município de Guarapari, muitos dos seus filho residiam na Vila do braço do Sul, com Sebastião , Celso e José  Bello. A direita reportagem do Jornal Diário da Manhã de 17/09/1927, constando a morte da esposa de Izidro Pinto Siqueira.

Sebastião Siqueira
Nasceu em 23 de julho de 1898. Sebastião era filho de Izidro Pinto Siqueira e  Leonida Maria da Penha Conceição, natural  de Todos Santos, município de Guarapari. Casado com Maria Marculan, nascida em 05 de março de 1900, filha do  italiano  Giuseppe Marcolano nascido em 1865 e Victória Corradi nascida em 1880.Victória era filha de Onorato Corradi e Filomena Bojardi. Imigrantes italianos que chegaram no Espírito Santo em 27/12/1888, no vapor Adria. Vieram da região de Emilia-Romagna, província de Módena, comuna de Soliere. Maria trabalhou em casas de famílias, lavava roupa e  foi cozinheira por muitos anos na igreja catolica. Exerceu a função de parteira. Seu marido foi tropeiro, castrador de animais  e negociava com animais de montarias. Maria faleceu em 01 de agosto de 1980, seu esposo em 24 de janeiro de 1977. Ambos sepultados em Marechal Floriano.

Aguilar de Freitas
Natural de Cachoeiro de Itapemirim. Além de comerciante  foi político. Era sócio de Bellarmino Pinto. Esteve envolvido nos projetos de desenvolvimento da Vila de Marechal Floriano. Em 1916 desfez  da sociedade que tinha com Bellarmino, voltou para Cachoeiro Itapemirim.  Foi o coordenador na visita em 1910 de Nilo Peçanha no Espírito Santo. Participou da política em sua terra natal. Em 1910 candidatou-se a governador municipal de Cachoeiro,ganhando a eleição. Em maio de 1924 participou da implantação de energia elétrica na cidade de Castelo. Em 1928 participou da criação do município de Castelo – ES. Em novembro de 1931, era diretor presidente da Viação Itapemirim.Em maio de 1934 foi prefeito de Muniz Freire.

Wandelino Schunck

 Nasceu em 11 de agosto de 1887. Filho de Pedro  Philomena Ludwig .Em 22 de novembro de 1913 casou na igreja católica de Santa Isabel com Catharina Entringer, nascida em 28 de dezembro de 1895, filha de João Entringer e Rosa Costa.Wandelino faleceu em 02 de junho de 1969.


Idalina (Zuzuca)
Em 11 de março de 1939, com 22 anos, casou na capela católica de Marechal Floriano, com Anselmo Maculam Filho, de 26 anos, filho de Anselmo e Ada.Idalina nasceu em 31 de outubro de 1917, em Chapéu. Anselmo Maculan foi empreiteiro paulista que construiu as duas primeiras pontes , para passagem de carros em 1929. Estas pontes duraram até 1962, quando foram destruídas, para dar uma nova entrada para a vila de Marechal Floriano. A direita registro de falecimento de Anselmo Maculan-  APEES

Johann Michael Endlich
Partiu  do Porto  de Hamburgo, Alemanha em 30 de maio de 1859, no navio cargueiro, adaptado para transportar imigrantes, Louise Friedericke, sendo seu Capitão, Sr. Lassen.  O navio aportou no Rio de Janeiro em 31 de julho de 1859.Chegou ao Espírito Santo em 10 de agosto de 1859. Natural da Alemanha, Wörstadt, Hesse. Filho de Johann Wendel e Anna Marie Möher. Johann Michael tinha 14 anos, quando chegou no Espírito Santo Em 07 de janeiro de 1868 casa com Maria Schunck, filha de Antonio Schunck e Bárbara Statzinger. Maria faleceu em 27 de dezembro de 1890 com quarenta e seis anos, sepultada em Santa Isabel. Em 18 de março de 1901 casou novamente com Filipina Wassen, filha de Jacob Wassen. O casamento aconteceu em sua residência, em Ponte Quebrada. Maria faleceu em 04 de dezembro de 1946.Em fevereiro de 1886 naturalizou- se brasileiro. Profissão relojoeiro e fotografo. O jornal Diário da Manhã –ES, de 01/10/1927, traz uma matéria sobre o cemitério de Santo Antonio, em Vitória, sobre aberturas de covas, onde consta o nome de João Endlich 1º.Candidatou-se varias vezes para o cargo de vereador, mas não eleito. Quadro pintado nos anos 40 pelo Ricardo, baseado numa fotografia  de uma enchente de 1917, do fotografo João Endlich Na foto podemos vir duas vilas. A da esquerda onde tudo  começou em 1862, ampliada em 1890 com a chegada da família Endlich. As construções são dois comércios e casas, inclusive o sobrado. No lado direito tudo que foi construído pelo Bellarmino entre 1913 a 1917. Ainda podemos ver bem no canto a residência do Vitto Travaglia, que em 1927 vendeu para José Henrique Pereira.
Rosa Folador
Em 1960 veio residir na Vila de Marechal Floriano.  Costureira profissional, revolucionou o negócio de roupas na. Vila Rosa nasceu em Itapina, em 14/10/1914, filha  Carlo Folador e  Ema Sacht. Em 18 de julho de 1947 casou no cartório de Itapina com   generoso Mendes Gonçalves nascido em 16 de julho de 1913, filho de Manoel Mendes e Vitoria Gonçalves. Generoso natural de Cachoeiro do Itapemirim. Era negociante ambulante,  com joias e outros artefatos. Em 1965  foram residir no município de Vila velha. Uma de suas sobrinhas que trabalhou no serviço de costureira, foi  D. Filinha, esposa do farmacêutico Ary Ribeiro da Silva. A direita registro do casamento de Rosa Folador. Cartório de Itapina – ES. Acervo Family Search.

Eleitores do Braço do Sul conforme revisão eleitoral federal precedido pela comissão municipal da Vila de Santa Isabel em virtude da lei nº 35 de 26/01/1892.Assinado por Mariano Ferreira Nazareth presidente da comissão, Manoel de Oliveira Souza, José Epiphanio dos Reis, Severino Costa da Silveira e João Almeida Ferraz. Evidencias – Livro “Os Italemães na terra dos Botocudos” – José Eugênio Vieira e Joel Guilherme Velten.


Festa de Nossa Senhora das Graças

A imagem ao lado foi doada pela família do Sr. Pedro Gomes Moreira e sua esposa Carolina Oliveira. Seu Moreira como era conhecido, foi agente de estação da antiga Estrada de Ferro Leopoldina. Devotos de Nossa Senhora das Graças, organizaram uma festa anual, que acontecia no mês de outubro. Esta festa era conhecida como “ Festa dos Ferroviários”.


                                                      Fim[...]

Cemitério da Soledade (UM POUCO DA NOSSA VISITA EM BELÉM DO PARÁ )

Adquirimos um conhecimento valioso ao visitar o Cemitério de Nossa Senhora da Soledade.  Parque Cemitério da Soledade é um parque urban...