sábado, 15 de junho de 2013

UM DESABAFO ...


DE 2006.


Dias atrás encontrei este desabafo que fiz em 2006,
depois do julgamento do camarada que matou meu irmão,
em 15 de Agosto de 1999.


Depois do que ouvi na quinta-feira ( 01/06/2006) no fórum 
de Marechal Floriano, sinceramente a palavra "justiça"
não existe.
O meu irmão Florentino Schneider Filho, mais conhecido 
como "chinês", foi morto com requintes de crueldades na 
madrugada de 15 de agosto de 1999, ficou agonizando até o
amanhecer, aproximadamente até às 8:00hrs, quando foi 
socorrido por populares e teve como causa morte:
HEMORRAGIA CEREBRAL DIFUSA, TRAUMA 
ENCEFÁLICO, FERIMENTO CONTUSO DE CABEÇA.
E mesmo assim o seu ALGOZ que usou pedras para fazer
esse estrago todo, foi praticamente chamado de "vítima"
pelo seu advogado que conheço pelo nome de Cabelino.
Tudo bem que o senhor estava no papel de advogado de 
defesa, mas não justifica denegrir a imagem de uma pessoa 
que não está aqui para se defender das infâmias ditas
pelo senhor naquele tribunal.
Espero que este "CIDADÃO DE BEM" como o 
próprio advogado qualificou o ALGOZ, não venha fazer
outra família passar pela mesma situação que nós passamos 
e que até hoje não conseguimos superar.




Foi uma situação difícil, sim ...
Chorei, chorei por ver naquele momento o que o homem é capaz por dinheiro ...
Chorei sim, por sentir o mal que o homem pode fazer e dizer, sem medir consequência ...
Chorei, e quando lembro me vem lágrimas nos olhos, pois ninguém neste mundo tem o direito de tirar a VIDA ...
Chorei sim, pois me senti impotente diante de de tanta 
maldade ...
Chorei por saber que este advogado conhecia e era uma pessoa querida para o meu pai, que morreu com depressão pela morte do meu irmão ...
Chorei, pois nesta vida temos que ouvir coisas que doem e dói muito ...
Chorei, pois minha mãe não soube e, não sabe deste julgamento, ela não merece isso ...
Escrevendo estas breves palavras, também estou chorando ...

( CHINÊS)

O QUE AQUI DEIXO ...
É QUE O ASSASSINO MATOU O NOSSO IRMÃO,
E ESTE TAL ADVOGADO ENTERROU.


( COM MAMÃE)

ENTÃO ...
VIVAM, POIS QUERO VER ATÉ ONDE VOCÊS VÃO.
PERDÃO, NÃO SOU EU QUE TENHO QUE DAR ...
TALVEZ SIM, TENHO QUE ME PERDOAR.


GIOVANA CRISTINA SCHNEIDER

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