Continuação ...
Os dias foram passando, e aquela sensação continuava.
O marido, agora ficava dias sem aparecer em casa, quando
aparecia era para pegar algumas roupas e deixar algum dinheiro, nem seguer
perguntava como estava a mãe, que continuava vegetando.
E a vida foi seguindo seu curso, mas com uma diferença,
a vida não estava totalmente sem vida. A sensação depois
que ela sorriu continuava, e a cada dia crescia, uma
sensação nunca sentida antes, que estava fazendo bem.
Agora quando ia cuidar da sogra, sentava no quarto e
ficava horas conversando, mesmo sabendo que falava para
um ser que vegetava em cima de uma cama.
Sabia que alguma coisa estava mudando nela, e não estava
com medo dessa mudança.
Gostava de ficar na varanda, sentada com Milk ao seu lado
admirando o crepúsculo, que são os instantes em que o céu
próximo ao horizonte no poente ou nascente toma uma cor
gradiente, entre o azul do dia e o escuro da noite, um
momento facinante, único que ela até então, nunca tinha
prestado atenção.
E sorriu novamente, agora um sorriso espontâneo.
( Fim da 3ª Parte)
Continua ...
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