quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Vila Braço do Sul 1862 - 1900 Part. IV/ IV

 Registros de brasileiros que residiam na região da Vila do Braço do Sul 

Desde de 1862 que temos registros de brasileiros que vieram residir ao redor da vila do Braço do Sul. Muito vieram de Viana, Cariacica e até Vila Velha. Há  maioria eram descendentes de escravos. Alguns tinham pequenos lotes de terras, outros trabalhavam com meeiros.  Na metade do século XX, filhos e netos deste descendentes residiam na antiga estra do Batatal, hoje Gustavo Hertel. A direita relação de brasileiros agricultores, que foram residir na região da Vila do Braço do Sul.  Evidências: Nomes constando em jornais da época.Jornal Estado do Espírito Santo de 22/01/1876, Constando compra de terreno no Braço do Sul. Evidências; APEES Familia do imigrante alemão Franz Fischer  e seus filhos Adolf e Franz Eduard- Foto do final do século XIX. Acervo Jair Littig


            Heinrich Schneider

Nasceu em 27 de maio de 1850, na Colônia deSanta Isabel. Era filho de Mathias Schneider e Magdalena Elisabeth Marx. Casou-se em 02/06 /1876 com Bertha Louise Ulrich Jacob Jachow.  Faleceu em 12/08/1917. Em 02/06/1885 adquiriu um lote no Braço do Sul, conhecido como Córrego da Fome, hoje região do  Show Haus.Bertha Louise Ulrich  Jachow  esposa nasceu em 25/10/1855, em Rarfin,Belgard Pommern, na Alemanha. Chegou ao Brasil com 18 anos. Era filha de Johann Jachow e Frederike. Faleceu em 04/08 /1943. Foto 1914 – Acervo Jair Littig Fotografo: João Endlich 1º

                             Emil Schneider II
 
Nasceu em 13 de janeiro de 1894, filho de Heinrich eBertha Louise Ulrich Jacob Jachow.  Faleceu em 13 de setembro de 1960.  Em 26 de setembro de  1930 casou na igreja luterana de Campinho com   Bertha Neves Hertel. Bertha era filha de Benhardt Hertel e Anna Feurig.Bertha nasceu em 02 de outubro de 1898, faleceu em 09 de fevereiro de 1982.

                Hermann Rudolf  Hülle
Nasceu na Prússia, ( Estado soberano da Alemanha ), na cidade de Goldberg,  Província da  Schlessien  (  Silesia ) , em 08 de outubro de 1838. Era filho de Gustav Hülle e Henriette Schronck. Cidade de Goldberg pertencia a Província da Silesia, situada perto da cidade de Breslau. Hoje pertence à Polônia, situada na Província de Wroclaw. Como todas as cidades da Silesia, em 1945 ao passar para a Polônia, perderam seus nomes.  Goldberg é conhecida hoje como  Złotoryja, palavra  polonesa que significa “Cidade do Ouro”. Embarcou no   dia 15 de outubro de 1859, no Porto de Hamburg, no navio Robert, sendo o Capitão o F. Gärden, com destino ao Porto do Rio de Janeiro. Chegou no Porto do Rio de Janeiro em 22 de dezembro. Chegou no Porto de  Vitória, no dia em 06 de janeiro de 1860, no navio nacional, Mucury, No seu contrato de terra, constavam duas opções, Santa Leopoldina e Santa Isabel. Foi enviado para a segunda opção. Por ser solteiro e agregado trabalhou na construção de picadas e casas. Seu destino foi a região do Braço do Sul, estrada do Batatal. Hermann  casou pela primeira vez  em 09 de março de  1862 com  Bárbara Kiefer, viúva com 23 anos, Bárbara era natural da cidade de Eppelsheim Hessen - Darmstadt, Estado do Hesse. Nasceu em 10 de dezembro de 1839. Filha de Adam Kiefer e Appolonia Scheuer. Chegou em Vitória em 10 junho de 1859, indo para a Colônia de Santa Isabel, com 19 anos.
Bárbara faleceu em 21 de outubro de 1875, com 36 anos. Foi sepultada no cemitério de Campinho.  Sendo a causa de morte brustwasserzucht (popular barriga d’água). Com a morte de Bárbara Kiefer, Hermann casou com  Amalie Auguste Hehr  em 29 de fevereiro de 1876, na Igreja Luterana de Campinho Ele tinha 38 anos e a esposa 32.  Amália nasceu em 09 de outubro de 1844 na Província de Brandenburg – Crossen -  Prússia, filha de Friedrich  Emil Bartholomaus Hehr e Louise Rebier Hehr.
Amália faleceu em 25 de outubro de 1893, com 49 anos. Está sepultada no cemitério de Campinho, 
Hermann casou-se pela terceira vez em 25 de janeiro 1894, aos 56 anos de idade, com Pauline Hehr, com 44 anos, sua cunhada  Paulina nasceu em 24 de dezembro  de 1850 na Província de Brandenburg – Crossen – Prússia. Faleceu em 18 de agosto de 1937, com 86 anos e 08 meses. Foi sepultada no cemitério de Campinho. Hermann foi ferreiro, presidente da igreja luterana em Campinho e Em 1880 começou a trabalhar com a homeopatia. Na Colônia  era conhecido com o Dr. Germano. Hermann faleceu no dia 09 de agosto de 1933, com 95 anos. Segundo certidão de óbito,  o medico Dr. Arthur Gerhardt  deu como motivo “ pneumonia”. Foto a direita Foto do casamento do Hermann e Pauline – datada de janeiro de 1894. Foto original pertence a Floriano Hehr – São Bento do Chapéu – Domingos Martins –ES.

                            Emil Oscar Hülle 

Filho de Hermann Rudolf Hülle Amalie Hehr,nasceu em 13 de dezembro de 1876, na Colônia de Santa Isabel,Estrada do Batatal. Foi batizado em 28 de janeiro de 1877.Estudou na escola do professor Ulrich Kuster, na Vila do Braço do Sul, hoje Marechal Floriano.  Emílio casou-se no cartório de Santa Isabel em 05 de abril de 1902, com 26 anos de idade, com Katharine Johanna Schneider. Sua primeira residência depois que casou, foi um sitio em Rio Fundo, hoje pertencente ao Sr. Aurélio Puppin. Em fevereiro de 1914 o Sr. Emílio Oscar mudou-se para a localidade  de Picadão, que pertencia ao distrito de Araguaia. Hoje conhecido como Alto Batatal. Requereu um terreno do Governo pela quantia de trinta de dois mil e quatrocentos reis, que quitou somente em novembro de 1917. Este terreno fazia divisas com Luís Bornia e João Molulo. Conforme informações de seu filho Emílio, a mudança foi feita através de burros pertencentes ao Sr. Carlo Mazolli. Seu filho Emílio Gustav conta que  o único brinquedo que pertencia a ele e o seu irmão Augusto, era um pau com velhas ferraduras pregadas, que brincavam como tivesse andando a cavalo. O pai  não queria levar . Convenceram    e conseguiram  levar o cavalo de pau. Foto do casamento de Emil Oscar Hülle e Katharina Johanna Schneider – 1904. Acervo Jair Littig

                                             Família Siqueira
Chegaram na Colônia de Santa Isabel  em meadas de 1870, conforme registros na igreja católica de Santa Isabel. Izidro Pinto de Siqueira era o patriarca da família, filho de Joaquim Pinto de Siqueira. E Carolina Maria de São José. Casado com Leonidia Maria da Conceição, filha de Ana Maria da Conceição. Leonidia faleceu em 08 de setembro de 1927, sepultada em Santa Isabel, com 70 anos. Izidro faleceu em 16 de setembro de 1927, com 71 anos. Embora residentes  em Todos os Santos, município de Guarapari, muitos dos seus filho residiam na Vila do braço do Sul, com Sebastião , Celso e José  Bello. A direita reportagem do Jornal Diário da Manhã de 17/09/1927, constando a morte da esposa de Izidro Pinto Siqueira.Sebastião Siqueira e sua esposa Maria Marculano. Foto acervo Florentino Delpuppo

                       Wandelino Schunck

Nasceu em 11 de agosto de 1887.Era filho de Pedro e Philomena Ludwig. Seu pai nasceu em Petrópolis – RJ. Em 22 de novembro de 1913 casou na igreja católica de Santa Isabel com Catharina Entringer, nascida em 11 de agosto de 1887, filha de João Entringer e Rosa Costa.Wandelino faleceu em 02 de junho de 1969, em Marechal Floriano-ES. Ajudou na construção da igreja, como deu uma ajuda financeira de dois contos. Foi pioneiro no cultivo de orquídeas no município de Marechal Floriano. Em 1929 na crise do café, vendia terrenos, conforme  registro no Jornal Correio da Manha de 13/12/1929.Wandelino faleceu em 02 de junho de 1969. na foto a esquerda Wandelino e sua esposa Katharina Entringer.

  Demolição da Capela Católica e Marechal Floriano

Em 24 de junho de 1967, sábado a tarde, com uma pequena garoa. Era o dia de São João, lá estavam: Emil Hülle, João Merisio, Oscar Araujo, Celso Stein, Agenor Botelho, os irmãos Paulo e Alvino Wassen, Floriano Kiefer, Gustavinho Reetz,Florentino Del Puppo, Olimpio Pereira Pinto, José Taquetti e muitos outros que não vem na memória. Também estava o Sr. Wandelino Schunck, o único vivo, que participou da construção e ainda doou dinheiro. A capela já não tinha mais os telhados, portas e janelas. Estava pronta para demolir. Abriram  buracos nas paredes, colocaram cabo de aço, acoplaram no caminhão Mercedes do Julio Filintro, onde começou a desabar paredes. Havia uma grande  expectativa sobre a parede da frente, pois lá estava a caixa de cimento da pedra fundamental.Diziam que tinha coisas valiosas, porém Wandelino foi categórico. “ Ai só tem papel e umas moedinhas”.Quando a parede caiu, a pedra fundamental quebrou, onde veio a constatação,  uma escrita sobre a construção e algumas moedas bastantes enferrujadas. Enfim a capela estava no chão.Todos começaram a descer a ladeira, com pensamento na nova igreja, aparentemente contentes. Atrás, solitário vinha seu Wandelino (foto a direita), apoiado na sua bengala. Evidentemente  era o único que não estava feliz. Jair Littig


Emílio Entringer

Nasceu em 03 de julho de 1889, filho de João e Rosa Costa.Em 22 de agosto de 1908 casou na igreja católica de Santa Isabel com Maria Wassem, filha de Jacob e Madalena Endlich.No cartório de Guarapari tem filhos com Carolina Alves Santos, filha de Virgílio Alves dos Santos e Vitória. Emilio faleceu em Guarapari em 13/05/1982. Podemos dizer que Emílio foi primeiro taxista de Marechal Floriano.
Família do Emil; Da esquerda para direita: Francisco, Agostinho, Angelina,  esposa Maria Wassem e Emil . Floriano, Adalberto Aguilar e Waldemiro. Esquerda: Hamilton Linz vendedor , no comércio de Hercílio Pereira .Carro  do  Emilio Entringer 1929.



Cotidiano na Vila do Braço do Sul  

Sabemos muito pouco de como viviam estas poucas famílias que habitavam a pequena vila. Poucas casas, uma estrada que seria uma avenida desabitada, chamada Estrada do Batatal, que começava na ponto do Rio Braço do Sul, estendendo até na divisa da colônia  de Castelo. Além do comércio da   familia Kuster, situada no meio da estrada do Batatal, havia uma escola neste local. No começo desta via foi construída a primeira casa, aproximadamente entre 1872 a 1876, pelo Grazskop. Já no final dos anos oitenta, veio o Philipp que construiu sua casa de negócio e residência. Agricultura era predominante com o plantio de café. O Jornal a Província do Espírito Santo de 05/06/1899, traz uma reportagem sobre a Colônia de Santa Isabel, onde cita a cultura do café ser  mais relevante. Constando os imigrantes que se tornaram ricos com o café. Ente eles estão Adolfo Kuster  e Philipp Endlich, da vila do Braço do Sul. Philip possui 10:000$,000 reis e Adolf 8:000$000 reis.
Os Kuster tinham uma cultura mais elevada. Ulrich o mais velho Foi um homem muito culto, tocava violino, gostava de ler, tinha uma boa biblioteca, sendo seu escritor preferido  Shakespeare. Além do alemão, ainda  falava o francês. Aperfeiçoou o português, tinha uma bela caligrafia. Sobre música suas netas Érica Schneider e Catharina Hulle, relataram” Ulrich tocava violino, Jacob bandolim e Adolf flauta. Nas festas luteranas  se apresentavam como músicos”. Johann I, filho de Jacob dizia que seu pai e seus tios tocavam nas igreja luterana de Campinho, nas festas, natal e ano novo. Segundo Érica seu avô fazia um tipo de sarau na sua residência, com músicas  e cantorias. Com a morte da sua primeira esposa em 1886, ficou deprimido,  não tendo mais festas em sua casa. Exposição Provincial - fevereiro/1889. Foi uma amostra  organizada pela Sociedade  Espírito – Santense de Imigração, com objetivo  de angariar produtos  produzidos no Estado , para serem enviados  à Exposição Universal de Paris.  Na exposição continha   fotos  da casa do Ulrich, tirados pelo  seu compadre , o grande fotografo Albert Richard Dietze e do seu cunhado Peter Wayandt. A escritora Almerinda  da  Silva Lopes, no seu livro “ Albert Richard Dietze  Um Artista – Fotógrafo Alemão no Brasil”, da mais detalhes sobre esta exposição. Ao lado  a matéria no Jornal  Província do Espírito Santo  de  05/05/1889.  Evidências APEES – Acervo Jair Littig
Viagens

Foram inúmeras viagens para a Alemanha, das famílias Kuster, Rupf  e Hülle. Conforme o Jornal Commercio do Espírito Santo de 19 de maio de 1896 “ Seguiram para Hamburgo, com escala: Richard Dietze, D. Martha Ulrich, Gebhard Hapke, Felipe Endlich, Hermann Rupf. Ulrich Kuster, Friedrich  Klippel e Friedrich Kerlle. Em 25 de agosto de 1896, retornaram no navio Tucuman. Evidencias no Jornal Commercio do Espírito Santo de 25 de agosto de 1896. O sobrenome Rupf, consta como  (RUPFKE) Em 10 de agosto de 1899, embarcou no navio Pelotas, no Porto de Hamburg, com destino a Vitória. Na viagem constava Philipp e sua filha Anna. Nesta viagem também  estava Hermann Rupf e sua filha viúva Anna. Evidências do Arquivo do Porto de Hamburg. Em 16 de julho de 1902, conforme o Jornal  A Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, de 17 de julho, Philipp viagem para Manaus, com 05 filhos. A viagem foi no paquete Alagoas. Em 1902 uma viagem entre Vitória e Rio de Janeiro, no navio Belgrano, da empresa Hamburg Südamerikanische, viajando de primeira classe.Jornal Commercio do Espírito Santo de 19 de maio de 1896. Nos anos noventa do século XIX , a região da vila do Braço do Sul, vivia seu auge, a produção e o preço do café,  estimulavam a estes imigrantes voltarem a sua terra natal em um navio de luxo, com alguns viajando de 1ª classe. Ulrich votou a sua terra, pois a evidencias em Diepoldsau, terra natal, da morte de sua mãe. Philipp na sua última viagem levou seus filhos de 1º classe. Meu tio Emílio Gustavo Hülle relatou que o desejo do Philipp era que seu filho Manoel, estudasse medicina na Alemanha. Não  aceitou a ideia, foi ser comerciante na antiga colônia de Castello, hoje Fazenda Aparecida. Abaixo uma resolução do Governo da província do Espirito Santo regulamentando preços de passagens. Uma viagem entre Vitoria e Hamburgo custava 44 Libras. Na época uma libra comprava  5.113,00 reis. Este preço era somente da passagem ida e volta por pessoa. Nesta mesma ocasião Jacob Kuster adquiriu dois lotes, que pertenciam a seus irmãos no calor  R$ 558.000 reis , num perímetro 700 metros quadrados.  Estes terrenos que hoje representam o centro da cidade Marechal Floriano. Fonte. Jornal Estado do Espirito Santo 24/06/1896. APEES. 


                                                   Clube Republicano

Grupo criado no Rio de Janeiro logo após a Guerra do Paraguai (1864-1870) em protesto contra o centralismo administrativo da Monarquia e em defesa da implantação no Brasil de uma República federativa, segundo o modelo dos Estados Unidos da América. Foi lançado com o Manifesto Republicano de 3 de dezembro de 1870 e, em poucos meses, vários clubes semelhantes se espalharam pelo país. Nessa época, os mais expressivos partidários do republicanismo se dividiam em três alas diferentes: militares positivistas, evolucionistas e revolucionários. ( Pesquisa Arquivo Nacional – RJ). O Jornal  Cachoeirano de 25/08/1889  traz um reportagem sobre a instalação do Club Republicano de Santa Izabel. Aconteceu na vila do Braço do Sul, residência do comerciante Philipp Endlich. Além de vários participantes, estava o Affonso Claudio de Freitas Rosa,  primeiro governador republicano do Espírito Santo. Guilherme Schwarz eleito na reunião com presidente, tinha patente de major. Em 1892  Philipp Endlich desentende o com major Schwarz, vai para o partido  Republicano  Construtor. Em 20 de novembro de 1893 aconteceu a primeira eleição no novo município. Com 153 votos , um comerciante de uma pequena vila do munícipio, se tornaria o primeiro governador, hoje prefeito,  imigrante de origem alemã. Estamos falando de Philipp Endlich. Bem assessorado pelo Curt Trautvetter e Ulrich Kuster  ganhou a eleição onde haviam grandes concorrentes como Mathias Stein, João da Cruz, Cristiano Bruske, Maximiliano Salloker, e outros. Sabemos que Philipp era um bom negociador, gostava de fazer festas, viajava constantemente, tinha grandes influências em Santa Isabel, um dos maiores compradores de café da época e  possuía muito dinheiro. Sobre o major Guilherme Schwarz, faleceu em 28 de novembro de 1908, vítima de uma embosca, sendo o acusado, Maximiliano Salloker.
Evidências: APEES

                              História Esquecida

Em novembro de 2022 vamos comemorar 160 anos da fundação da vila do Braço do Sul.  Hoje esta história é totalmente desconhecida. Na cidade de Marechal Floriano restou poucas evidências desta época. Temos a casa do agente de estação e a estação ferroviária que iniciaram  a construções  em 1898 e o sobrado já desfigurado da família Lovatti, construído em 1890. Sobre os primeiros imigrantes e brasileiros, não temos uma rua ou avenida que leve seus nomes. No antigo cemitério da Estrada do Batatal ainda temos o túmulo da Anna Rupf e do Ulrich Kuster. Em 2012 quando completou 150 anos, levei documentos para prefeitura para fazer uma divulgação histórica, também no jornal, mas disseram que não tinha relevância. Sugeri que no início da Rua Emilio Gustavo Hülle colocasse uma placa, pois foi neste local  que tudo começou com a construção de barracão para acolher os primeiros imigrantes. Este local seria uma espécie de marco zero da cidade. Espero que no futuro um florianense concretize estas ideias. Jair Littig. Na imagem a direita  Relatório de 1861 do governo provincial do Espirito Santo João Fernandes Costa Pereira Junior. APEES

Em 13 de maio de 1900 era inaugurado a estação ferroviária Marechal Floriano, na vila do Braço do Sul. Uma carta escrita pelo Hermann Rudolf Hülle, endereçada ao Governo do Estado, sobre regularização de terras, datada de 12/07/1900, onde já constava o nome Marechal Floriano. Pesquisei nos arquivos da prefeitura de Domingos Martins, afim de encontrar um decreto. Neste período grande parte dos documentos foram queimados, devido uma rebelião pela tomada da prefeitura que situava em Santa Isabel, indo para Campinho. Acredito eu que o nome Marechal Floriano, na época  tinha um grande  prestigio.  Reconhecido    como o primeiro grande líder político popular na história republicana. Seus seguidores foram militares e civis, chamados de florianistas.

Dica da Autora: Ainda a muito a ser explorado deste maravilhoso contexto. Mais histórias e muito mais informações em breve em meu novo livro.

                                     Fim [ ... ]

Bibliografia:

  • Arquivo Público do Espírito Santo – APEES
  • Biblioteca Nacional – RJ
  • Arquivo Nacional –RJ
  • Igreja Luterana de Campinho
  • Igreja católica de Santa Isabel
  • Igreja católica de Viana
  • Entrevistas:
  • Emílio Gustavo Hülle
  • Augusto Henrique Hülle
  • Carlota Joanna Hülle
  • Wandelino Schunck
  • Arthur Kuster
  • João Kuster
  • Nadir Kuster
  • Walter Littig
  • Edmund Littig
  • Cartórios Registro civil:
  • Campinho
  • Santa Isabel
  • Araguaia
  • Casa da Cultura de Campinho
  • Casa da Cultura de Marechal Floriano
  • Family Search
  • Arquivo Público de  Diepoldsau- St. Gallen- Suíça


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