OLÍMPIO PEREIRA PINTO
Nasceu
em Alto Jucu, em 03 de abril, de 1931. Filho de Sebastião e Anna Bassani Pereira. Na juventude foi aprender a profissão de sapateiro e seleiro com
Antônio Simmer, em Paraju, ocasião em que conheceu e casou-se com Lidivina
Maria Stein, sobrinha do Antônio Simmer. Após o casamento, foram morar em
Boa Sorte, localidade hoje conhecida como Vila Pontões. Veio para Marechal
Floriano no ano de 1961, a convite do senhor Hercílio Pereira. Morou, inicialmente, onde hoje é o estacionamento do Supermercado JS. Depois adquiriu um terreno, que vendeu
para o senhor Baraquiel Pinto de Medeiros e comprou outro terreno na Avenida
Presidente Kennedy, onde montou a selaria e construiu sua residência. Fabricava
produtos em couro, como calçados, selas para cavalos, cadeiras e até assentos
para navios. Dava emprego a jovens do interior, que moravam em sua casa para
ter a oportunidade de estudar à noite.
Comprava
caminhões fechados de sal para salgar couro no espaço do Matadouro Municipal de
Marechal Floriano, localizado na rua Belarmino Pinto, onde hoje funciona a Quadra
Esportiva Paulo Lorenzoni. Entregava a alguns curtumes do Estado.
Segundo Jair Littig, seu Olímpio quando chegou em Marechal, na sua selaria, além de selas de montaria, produzia botas, sapatos, cabrestos, fazia de tudo referente a montaria. Também fazia cintos de seguranças, utilizados pelo pessoal da antiga Escelsa. Vendia couro salgado para um curtume de Cachoeiro. Seu empregado mais famoso, foi Pité (Eudes Reboli). Somente ele fazia um tipo de sela, toda bordada a mão. Era preferida dos ciganos. Ele tinha comprador de outros estados, como: Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Suas selas eram famosas.
Palavras de Silvio Vassem:
- A selaria/sapataria do seu Olímpio, inicialmente estava localizada, na Praça onde atualmente é o Bradesco (ou por aí) e, posteriormente mudou-se para a Av. Presidente Kennedy, cuja construção, foi feita pelo meu pai, por empreitada.
Importante lembrar de um profissional, de fabricação de selas, apelidado de Pité paraplégico, cujo nome era Eudes Reboli e que morava no térreo da então selaria/ sapataria, localizada nos fundos e, na parte da frente, o comércio, propriamente dito.
Acho que especialmente Zoca, Rubinho, Zé Bota, Paulinho, etc., podem acrescentar informações sobre a então fábrica, que possibilitou a contratação/emprego de muita gente, que ajudou a alavancar o desenvolvimento de Marechal.
Silvio Vassem, também trabalhou com o senhor Olímpio:
Eu perguntei: - Uma curiosidade, você já trabalhou com o seu Olímpio Pereira?
Silvio Vassem: - Oi Giovana, boa tarde!
Sim, para estudar em Campinho, indo de bicicleta por 4 anos (ginasial) mesmo sendo CNEC, a gente tinha que pagar mensalidade, comprar uniforme, merenda, etc (eu e uma turma daí) e para ter dinheiro, eu dividia o meu tempo, ajudando a minha mãe na plantação e colheita de verduras, principalmente chuchu e trabalhando como sapateiro; aprendi a fazer sapato e botinas com 12/13 anos, recebendo por produção.
Inicialmente com o Sr. Olímpio, depois com o Toninho Erlacher e mais tarde em sociedade com um amigo aí de Marechal, o Ilson Hülle.
***
O senhor Olímpio, participou na vida social de Marechal Floriano, como Juiz de Paz. Doou o terreno para a construção da Associação, junto com o senhor Gabriel Marques, onde hoje funciona a Prefeitura. Faleceu em 08/08/2002.
LEI Nº 510, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2004.
DENOMINA DE OLIMPIO PEREIRA PINTO.
Marechal Floriano, ES, 22 de novembro de 2004.
JOÃO CARLOS LORENZONI
Prefeito Municipal
Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 19/08/2010
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