quinta-feira, 28 de novembro de 2024

PROSAS FLORIANENSES V

 A menina que vende livros e suas experiências aleatórias

Por Giovana Schneider

Da minha jornada como escritora…
Vender livros não é apenas uma oportunidade de negócios, mas também um momento de rica troca cultural e aprendizado. Às vezes, coloco minha mesa de livros em algum evento, e cada vez que vou, a experiência se revela profundamente gratificante. Conversar com diversas pessoas, mesmo que nem todas comprem meus livros, permite-me compartilhar um pouco sobre a história da minha cidade e da imigração. Tenho um livro que fala sobre minha terra, a importância do rio e de outros locais que merecem atenção. Além disso, falo sobre minhas outras criações literárias, enriquecendo ainda mais o diálogo e a conexão com os visitantes que se aproximam da minha mesa.
Certa vez, conheci uma jovem que amava leitura e sonhava em escrever um dia. Foi particularmente inspirador. Essas interações reforçam não apenas a relevância da literatura e da escrita, mas também criam uma rede de apoio e incentivo para futuros escritores, algo extremamente valioso.
Em outra ocasião, uma moça que estava visitando a cidade relatou ter acabado de concluir um mestrado e estava sem nenhum livro para ler. Ela se encantou com a capa do meu romance, leu a sinopse e decidiu levar um exemplar. Essas trocas com pessoas tão diversas são uma fonte inesgotável de inspiração e aprendizado.
Por exemplo, conheci uma jovem que me mostrou seus poemas. Sua sensibilidade e profundidade revelaram um talento artístico que trouxe um momento especial de partilha. Também abriram portas para conversas sobre o poder das palavras e a beleza da poesia.
Ah, e nem tudo são momentos profundos! Algumas situações são curiosas e até engraçadas. Um dia, um rapaz me perguntou se eu estava vendendo “copão”. Eu não sabia o que era, mas descobri que se tratava de uma bebida alcoólica. Respondi com humor, dizendo que estava vendendo “letras” que vinham em livros. Ele riu e pediu desculpas pelo mal-entendido. Esse episódio destacou a essência do meu trabalho como escritora e mostrou que, mesmo em equívocos, é possível criar momentos leves e memoráveis.
Essas experiências demonstram que vender livros vai muito além de uma simples transação comercial; é uma rica troca de ideias, histórias e culturas que enriquece tanto quem vende quanto quem compra.
Portanto, seja escrevendo para libertar meus fantasmas ou narrando as aventuras da menina que vende livros, o ato de escrever é, para mim, uma forma de explorar e compreender tanto o mundo ao meu redor quanto meu próprio universo interior. É uma jornada contínua de autodescoberta e conexão com o outro, onde cada palavra tem o potencial de transformar vidas, inclusive a minha.
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