sábado, 12 de novembro de 2022

América Futebol Clube de Marechal Floriano 1957- 2017 Part. I/III

 



Apresentação:

Nasci ao lado do campo do América. Tinha 09 anos quando assisti a última partida do Esporte Clube Marechal Floriano contra o Paraju. Também assisti o primeiro contra o Transporte de Paul. Foi a partir de 1960 que comecei a registrar fatos referentes ao América, como também do primeiro time de 1948. Ouvi muitas conversas principalmente do Arlindo Pereira (Gibi), goleiro da época. Fiz registros até 1980. Como distribui camisa por mais de nove anos e ainda fui um dos que corri atrás da bola, vi  muitas historias de jogadores, grandes jogos, como também enormes  peladas. Para não perder a memória, resolvi escrever aquilo que restava, já que perdi muita coisa. Voltar na memória para  o final dos anos cinquenta e início dos sessenta onde em Marechal o cinema do Avides e o jogo do América, eram as maiores atrações. Para ter um bom final de semana tinha que ter na placa do José Piaba um filme de faroeste e na placa do quadro negro da venda do Paulinho,  jogo do América. Na sexta já se sabia do jogo. As pessoas mais chegadas ao futebol passavam  liam e diziam  “será que o América ganha este time”, mas havia uma célebre frase “ Noroeste outra vez”.

No domingo o almoço era galinha com macarrão, e depois esperar o famoso foguete. Eram longas esperas, muitas vezes alguém saia de carro desesperadamente a procura de ônibus com batucada, mas que também estava direcionado para Marechal. E quando  era alarme falso, não era excursão de futebol, e sim crentes, que decepção. Outra grande atração era quando terminava o primeiro tempo do time titular, a garotada pegava a bola e fazia aquela pelada. Eram os quinze minutos mais esperados pelos meninos. Depois do jogo nada de fantástico, todos corriam para o Bar América. Mais tarde passou a frequentar o Bar do Florentino. Com um copo de cerveja narravam  os mínimos detalhes do jogo. Se ganhasse bebia pela vitória, se perdesse bebia pela derrota. Infelizmente não participei dos grandes momentos do América, que começou em 1982, sendo campeão da liga Centro Sul e outros tantos que conquistou. Espere que alguém continue a contar esta história. 

Jair Littig

Clube de Marechal Floriano de 1933     Até o América Futebol Clube de 1957  

                      

  João Carreiro                                         Nélio Wassen                                         Arquibaldo


Da direita para esquerda   em  1933 -1948 Primeiro time de futebol em Marechal Floriano, começou em 1933. Futebol Clube Marechal Floriano. Time  de camisas verdes. Acima João Carreiro, jogador daquela época. 1950- 1957 A partir de 1950, jogando em um campo conhecido como “a Pila”,time de camisas brancas, listas vermelhas e verdes. Acima NélioWassem. 27/ 05 / 1957 a partir desta data, “América Futebol Clube”. Acima  Arquibaldo, mais conhecido como Sergipe. Foi autor do primeiro gol do América, em  30/05/57.
Para escrever a história do América, precisamos de voltar ao ano de 1916. Neste ano chegou na vila de Marechal Floriano José Henrique Pereira. Nascido em Pedra Branca, município de Domingos Martins em  17 de abril de 1876. Era filho do Capitão José Francisco Pereira e Maria Thereza de Jesus. Na vila comprou o comércio, casas e terrenos  do negociante Bellarmino Pinto Coelho. Na eleição de 1928 foi eleito vereador pelo município de Domingos Martins. Em 1929 foi prefeito interino.  No governo de Getúlio Vargas ganhou patente cmo Coronel. José Henrique faleceu em 17 de outubro de 1967. O futebol na vila teve início em 1931, a pedido do seu filho mais novo José Henrique, onde seu pai mandou limpar uma  área, que hoje é atual campo do América, conhecido com Estádio José Henrique Pereira. Fonte foto ao lado; José Henrique Pereira Filho e Ondina Pereira



O Jornal Diário da Manhã de 24 de fevereiro de 1935, faz uma matéria sobre 400 anos do Espírito Santo. Esta reportagem inclui o município de Domingos Martin. Em 1934 já existia o Marechal Floriano Futebol Clube. Fonte; Arquivo Nacional RJ.
Nesta época jogavam jovens  como : José Piaba, Ormindo Endlich, Alcides  e Alfeu Endlich, Philipp Endlich , Arlindo Pereira. Em 1938 formou –se um time com o uniforme todo verde, onde jogavam; Arlindo Pereira goleiro, Erotildes Pereira , Esmerino Pereira, Otavio, Juca, João Carreiro, José Piaba, Nino Pereira, Alcides Endlich, Joce Damasceno, Rondon Barreto. Sabe-se muito pouco desta época. Em 1948, uma partida realizada em Marechal, contra o  Sport Clube Campinho, teve um tumulto onde chutaram Ricardo Kölher. A confusão aumentou,  feriram  o Dr. Arthur Gerhardt, e jogo não terminou.Magoado com a briga, e também ter  batido no seu grande amigo Dr. Arthur, José Henrique mandou fechar o campo. Seu filho José Piaba disse “ No dia seguinte, Papai saiu cedo para Campinho, onde foi pedir desculpas ao amigo”.

Jogadores do antigo Marechal Floriano:.   Da direita para esquerda: Oscar Araújo, João Carreiro, Arlindo, Juca, Amador e Otávio.                                                                                                                   
                                      

Arlindo Pereira
  
O grande goleiro do antigo Marechal Floriano. Nasceu em 13 de maio de 1922, filho de João pereira dos Passos e Floripes Nascimento. Em 1936 começou a jogar  futebol, em Paraju, na posição de ponta direita.  Iniciou como goleiro no Marechal Floriano. Foi residir em Vitória, e lá jogou em vários times , como o Corinthians  de São Torquato, Leopoldina,  20 de Julho, Comercial da Ilha do Príncipe. Mesmo residindo em Vitória, constantemente vinha jogar em Marechal.
 Segundo ele, não recebia nada, somente pagavam as despesas do hotel. Esteve naquele famoso jogo  em 1948, contra o Campinho. Relata que a briga começou ente Ricardo Koehler  em um jogador amigo do João  Barreto, que residia na praia do Suá, em Vitória.  Arlindo teve outros irmãos que também jogaram futebol, como Erotildes, Esmerino e Agenor. Erotildes jogou no Marechal Floriano. Entrevista em Marechal Floriano; 20/07/2015. Na imagem a direita Jornal Folha Capixaba de 11/11/45; abaixo Jornal Folha Capixaba de 28/07/45, Jornal Folha Capixaba de 01/09/1945.
                          Em 1950 um grupo de pessoas resolveram ativar o futebol na Vila de Marechal. Emílio Gustavo Hülle cedeu um local, conhecido com Pila. O campo era muito pequeno. A camisa era tricolor, toda branca, com listas de verde e vermelho. Assim começou o Esporte Clube Marechal Floriano. Abaixo o Jornal Folha Capixaba de 04 de setembro de 1954, onde informa da  vitória do  Marechal sobre  o Paraju de 9 x 2. O jogo foi na Pila.                                                                            

Jogadores que atuavam entre 1950 até 1956


Em 1955, ao redor do campo da Pila, começou a construir casas. O campo já era pequeno, com estas construções, ficou mais difícil.Mas mesmo assim ainda se jogava. A foto acima  a rua Emilio Gustavo Hülle. Este local fazia parte do campo da Pila. A foto abaixo à esquerda, a última casa foi construída em 1955  ao redor do campo da Pila. Na época proprietário era Alcides Endlich. Foto é de março de 1960, onde as três casas  estão  alagadas. A primeira era do Bráulio Gobi, empregado da ferrovia, a segunda Adalberto Entringer e a terceira Benjamin Pagung. No final de 1955 já não haviam muitos jogos, por falta de um campo. Foi em 1956,  três pessoas assumiram o futebol em Marechal: José Carlos Pereira,  (Cacau), Osmar Pereira e um militar Darli  Simões.
Os três resolveram ir ao dono do terreno do antigo campo, José Henrique Pereira, pedir para reabrir. Do grupo, dois eram seus netos. Sensibilizado pelo pedido dos netos, autorizou a reabertura.
Numa tarde noite uma máquina niveladora do Estado, limpou a área. Foram colocados as traves e futebol voltou.
Darli conseguiu trazer bons jogadores para atuar no Marechal Floriano, podemos citar Loiola jogador da 1ª divisão de Vitória. Neste ano Loiola jogava pelo Americano. Depoimento de José Carlos Pereira – Cacau.  

                                             Jornal Folha Capixaba de 02/02/1957, sábado. 

Em 1957 o Departamento Nacional de Estradas de Rodagens ( D.N.E.R) iniciava a construção da BR 31, entre    Marechal Floriano e Santa Isabel. No mês de março vieram os funcionários para locação deste trecho. Na época ficaram acampados no antigo campo da Pila.A estrada começou a ser construída em outubro  pela  CIA. Mineira de Obras  (Virgílio Uchoa). Para os antigos moradores, a construção da estrada, foi o início do desenvolvimento da vila de Marechal. Com muitas dificuldades caminhou  até chegar a sua emancipação em 31 de outubro de 1991. Mapa da antiga BR31–1954 Fonte: Arquivo Nacional  - RJ. Foto esquerda  de dezembro de 1957, entrada da Vila de Marechal. Início da Construção da BR 31. Fotografada pelo Agente de Estação Efigênio Barreto. Foto original pertence a Lucio Pereira.  
Foto da direita  de dezembro de 2010.  53 anos depois podemos ver a imagem do progresso Acervo Jair Littig    
Voltamos ao futebol

Muitos dos empregados do D.N.E.R, gostavam de jogar futebol e foram procurar o time local, onde podemos citar Rocha, Tarzan, Carmélio, Sergipe,Alintes e Orly. Foi através do seu topógrafo Adayr Guerra, sensibilizado pela situação do futebol em Marechal, resolveu ajudar, já que na época tinha poucas opções de lazer.Resolveu comprar um jogo de camisas, calções e meiões. José  Piaba e Faria, foram os responsáveis pela compra.Foram para Vitória. Na casa Samuel encontraram o que queriam. Um jogo de camisa vermelha, já os dois eram torcedores do Américo do Rio.

A estreia das camisas. 
José Piaba conta que fez de tudo para conseguir um jogo em casa. Somente  o Brasil de Paraju, aceitou, mas jogo teria que ser no campo do adversário.O Nino Ewald confirmou o jogo, e os preparativos começaram: A esposa do Faria, D. Maura confeccionou varias bandeirolas vermelhas. Aluguel de um carro para transportar os jogadores. Enfim no domingo pelas 11 horas, a delegação do Marechal partiu para Paraju.Não sabiam eles que este era o último jogo do Marechal Floriano Sport Club. Na foto a  esquerda Time do Paraju da época. No aspirante o placar foi de 2 a 2, com gols de  João Pinto e Benedito Cuia D’ Água, para o Marechal . Na  foto abaixo,  da frente para traz: José Luís Padeiro, Marijalma Faria, Humberto Stein, Souza, Rocha, Carmélio, Alintes, João Pinto, Benedito Cuia D’Água, Nelson Bueno, não identificado, Altevir Wassem e Nenê Lovati.

Titulares:
Foto abaixo da esquerda para direita: Amador Endlich, Ananias Daniel, Ilmar Kiefer (Nena), Tarzan, Ormindo Pinto e José Luís Santos. Agachados Nilton Kiefer ( Nuca), Orly Gregório da Rocha, Sergipe, José Carlos Pereira ( Cacau) e José Henrique Pereira Filho ( Piaba).O América perdia no primeiro tempo de três a zero. No segundo tempo o técnico Aldayr fez mudanças , onde reverteu o resultado final para 8 a 3. Nena fez 3 gols.

     

               Dia 27 de maio de 1957, Segunda-Feira.

Em 2002, conversando com meu tio José Piaba, perguntei se a data da fundação do América não foi um equívoco. Já que o dia 27 de maio era uma segunda-feira. A sua resposta foi não, o América foi fundado nesta data. Como aconteceu ? Resposta do José Piaba:. “Empolgados com a vitória em Paraju, na segunda-feira do dia 27, reunimos  no Bar América ,  eu, Faria e Adair. Convidamos  o Adayr para ser o presidente do Esporte Clube Marechal Floriano”. Resposta do Adair; “aceitaria desde que o nome do time mudasse para América, pois ele queria  homenagear seu maior amigo José Piaba”. Foi aceito. Assim foi fundado o América Futebol Clube de Marechal Floriano”. Todos os anos, no dia  27 de maio ouvia-se ao amanhecer foguetes, era José Luís Padeiro comemorando o aniversário do América. Jair Littig ( Imagem ao lado Bar América). 
Foto acima é do América  do Rio de Janeiro, time que inspirou o América de Marechal. Da esquerda para direita; Rubens Pompéia, Edson, Ivan Oswaldinho e Hélio. Agachados Canário, Romeiro, Leônidas, Alarcon e Ferreira. Ano de 1955, vice campeão carioca. Para os americanos, foi maior esquadrão de todas as épocas.



  Biografias dos Fundadores do América                   Futebol Clube. 


                   Adayr Martins Guerra 

Funcionário do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER. Nascido em 1928,natural de São José da Lage, Mariana, Minas Gerais, filho de Colombo e Regina Martin. Em 08 de setembro de 1960, casou na igreja católica de Santa Isabel com Juventina Wernersbach, filha de Germano Philipp e Izabel Pylro.

   José Henrique Pereira Filho ( José Piaba)

Nasceu em 21 de Agosto de 1922, na Vila de Marechal. Filho de José Henrique  e Luiza Maria Pereira.Em 13 de dezembro de 1947, casou na capela católica de Marechal Floriano, com Clara Luiza Hülle, filha de Emil Oscar e Catharina Schneider. Faleceu em 06 de outubro de 2007.

                               Marijalma Ferreira de  Faria 

Natural do Rio de Janeiro, nasceu em 26 de março de  1918. Veio para a Vila de Marechal em 1956, com a função de consertar rádios. Casado com  Maura Monteiro. Faleceu em Campinho no dia 02 de abril de 1985.

 PRIMEIRO JOGO DO AMÉRICA

No dia 30 de maio de 1957, quinta-feira, feriado religioso estadual, dia de Ascensão do Senhor foi realizado  o primeiro jogo oficial do América Futebol Clube. Foi contra um time de empregados da  Leopoldina, conhecido como Transporte Futebol Clube  de Argolas.  O América chegou a colocar 2 x 0 , mas o Transporte virou o jogo para 3 x 2 no primeiro tempo. O jogo terminou em 4 x 4. Gols do América: Sergipe 2, José Piaba 1 e Nena 1. Do Transporte: Oscar 2, Arlindo 1 de Dada 1. Sergipe, empregado do DNER, fez o primeiro gol do América. Pesquisa; O Jornal A Gazeta de Vitória, de 02/06/1957, noticiou este encontro. Veja ao lado.

             UM NOVO TIME

A partir da fundação, o  América tomou novo rumo. Organizou uma diretoria, José Piaba era o tesoureiro. Na frente do campo foi fechado com madeira, doada pelo Antônio Nalesso. Eulálio Lopes Pinto (Coca) pintou a primeira bandeira do América, como também o escudo na frente da portaria. Por volta de 1957 a 1959 não havia muitos jogos, tudo era muito difícil, havia uma mensalidade mensal, em média trinta cruzeiros, tinha rifa e até lista para pagar jogos. Foi confeccionado envelopes padronizados.
      Recebi de comprovação de mensalidade, pago pelo jogador Cacau.
O tesoureiro em 1959  era José Piaba.

                                   O Campo
 No inicio sua metragem era pequena. Com a ajuda do DNER, o campo foi aumentado. Na frente foi fechado com uma parede de tabuas, cedidas pelo Sr. Antonio Nalesso. No portão de entrada foi colocado um escudo do América, pintado pelo empregado do DNER Eulálio Lopes Pinto, mais conhecido como “Coca”. Além de pequeno tinha muitos buracos, estava abaixo do nível do rio, qualquer chuva, colocava água no campo. Com a dragagem do rio a situação melhorou.Com ajuda da Construtora Baiana, m 1963 houve uma reforma total do campo, ficou mais largo, nivelado, foi reformado o vestiário, foi feito uma arquibancada tapada com palha, num domingo de jogo em 1962, com muita gente, caiu, somente o menino Ernani Nalesso cortou a mão, poderia ser pior.  Gabriel Piveta, empregado do DNER passou meses plantando grama. Nos anos sessenta tudo era difícil, principalmente dar manutenção no campo. Havia dificuldade para aparar a grama. Uma solução caseira era colocar animais  quando cigano acampava ao redor de Marechal, eles colocavam suas tropas. Deixavam o campo nivelado, mas o carrapato que ficava não era brincadeira. Nos início dos anos 70, foi construído um novo vestiário, um local para vender bebida. Foram plantados eucaliptos na parte que beira o córrego, melhorou a entrada. Naldinho era o dono Bar. Vendia fiado, acredito que até hoje tem conta para receber. Foto a esquerda de 1963, onde podemos ver que o gramado do América  tinha pouca grama, devido uma reforma.  Na foto Adilson Carreiro e  José Luis.
 Nas imagens acima da esquerda para direita:.Maquete de como era a entrada do campo do América - 1957; Foto do campo do América nos anos sessenta. No fundo a residência do Policarpo Puppin. Na foto Suely Pereira. Campo do América  em 1972. 
Por muitos anos os jogos do América eram contratados pelo César, um vendedor de sapatos que trabalhava em uma loja na Vila Rubim. Já na década de 70, quem passou a contratar foi Ademar Cunha. Cunha era empregado de  uma loja de material esportivo, no Parque Moscoso. Aos domingos depois das 13 horas, se escutasse tiros de foguetes, era certeza que havia jogo.Um domingo sem futebol em Marechal era uma tristeza. Reportagem ao lado é da Folha Capixaba de 02/08/1957.

               
Foto de 1958;  Da esquerda para direita em pé; Jandiro, Cacau, Faria, Ananias, Aldeir e José Luís. Agachados; Fiore, Amador, Paulino, José Piaba e Nuca. Nesta época os calções não tinham um padrão, pode observar varias de cores. Fotógrafo  Emílio Ewald.  

HISTORIAS DO ÁMERICA

Nélio José Wassem

Nasceu em 18 de novembro de 1938, filho de Paulo e Ana Regina Borgo. Em julho de 1959 faleceu de um acidente ferroviário, pois  vinha de Vitória no trem que chegava em Marechal às 11:30. Bateu com a cabeça na ponte de Ferro, na saída de Viana. Seu ultimo jogo foi em Santa Isabel, onde o América venceu. Neste dia os jogadores calçaram meias novas, que na época qualquer uniforme nova era festa. Nélio não foi um craque, mas tinha uma admiração por todos. Eu tinha 10 anos, lembro bem quando o trem chegou na Estação de Marechal, onde foi divulgado o acidente. Havia um clima de tristeza entre todas as pessoas que o conheciam. Foi à primeira vez que colocaram luto na camisa americana.Foto de 1958. Nélio no centro da foto. Na esquerda José Luís e seu irmão Carlinhos.

Foto de 1959. Da esquerda para direita. Edinho Schwambach, José Luís, Faria, Cacau, Jandiro, Paulinho, Ananias e Samiro Pagung. Agachados: Helvécio, José Mario, Nuca, Piaba e Orli. Observa-se que nas camisas continha o luto pela morte do José Nélio Wassem.

DISPUTA DE  CAMPEONATO NOS ANOS  SESSENTA E SETENTA

1º torneio realizado pelo América, em 1960, em homenagem ao Nélio Wassem Da esquerda para direita. Ana Maria Kuster, Helvécio, Cacau, Abel, Ananias, José Luis, Paulinho e Elza Ferreira. Agachados: Alcides, Nuca, Robercy, Mano, Palmerino e José do Banjo, massagista. O menino no centro  é o filho  do  Eloir Nascimento da Vitória.
1º torneio.

 
   Torneio realizado em 1964 em Marechal Floriano, com a participação  de 10 clubes ( Campinho, Ginásio de Campinho, América, Aliança de Viana, Araguaia, Rio Fundo, Pedreiras, Paraju, Vitor Hugo e Santa Isabel. O campeão foi Aliança. Na época foi um recorde de torcedores. Foto acima uma disputa de pênalti, goleiro do América José Luis. 

Torneio 1964.
Torneio realizado  em Araguaia. América foi para final e perdeu para Pedreiras. Da esquerda para direita: José Merisio, Carlinhos, Helvécio, Ananias, Alan, Cacau, José Luis e Orly. Agachados, Titi, Nego, Erildo, Wilson e Palmerino.







Torneio realizado  em  Campinho. Participação do América - 1965

             
Em 1972 a liga Martinense promoveu um campeonato com a participação de vários clubes. Participaram: Venda Nova América,  Campinho,  Botafogo, Ipiranga, Caxias de Conceição de Castelo e São João de Viçosa. O América fez um péssimo 1º turno. Reforçou o time com dois jogadores do Guarapari, Elizio e José Pedro, onde  conseguiu bons jogos, mas não deu para recuperar. Seu último jogo foi em  Campinho, onde  perdeu. Ao lado ficha de inscrição de José  Carlos Pereira  ( Cacau).






 
HISTÓRIAS DO AMÉRICA Continua ...





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