terça-feira, 28 de maio de 2024

PROSA FLORIANENSE - VIII

 DONA LEONTINA 

"Ela cantou na madrugada antes de partir"

    Dona Leontina, veio morar em Marechal Floriano no ano de 1960, e aqui viveu até o seu último dia 12/05/2024.

    No dia 04 de maio, ela completou 104 anos, e no domingo (05) teve uma missa de Acão de Graças, e logo depois, foi ofertado um café nas dependencias da igreja para os parentes presentes e alguns conhecidos. Ela estava muito alegre, foi no altar com o Padre e o senhor Antônio Boeno que estava também aniversariando, cantaram os parabéns. Tirou muitas fotos, conversou, estava radiante como uma debutante.

    A semana passou bem. Porém, na madrugada do domingo (12), Dona Leontina foi embora, teve uma morte tranquila e serena, até cantou na madrugada. Se despediu desta vida como quem dá um breve adeus. Foi uma morte bonita, o que é raro acontecer. Uma mulher que viveu nesta terra 104 anos, ela não estava aqui por acaso. Partiu no Dia das Mães.

Um pouca da sua História 

Leontina Ramos Pereira

Por Jair Littig

Nasceu em 04 de maio de 1920, em Melgaço, filha de Joanna Ramos Pereira, neta por parte de mãe Francisco Ramos Pereira e Felisberta (Bertha) Krijger, imigrante holandesa que chegou na colônia de Santa Leopoldina em 1861. Francisco Ramos casou na igreja luterana de Califórnia em 15/04/1887. Era filho de Antonio Ramos e Joanna Maria Ramos. Bertha nasceu em Santa Leopoldina em 1863, filha de Johannes Pieter Krijger, nascido na Holanda, região de Zeeland província de Zeeuwsch-Vlaanderen, distrito de Groede, filho de Johannes e Elisabeth Schulz. Pieter em 27 de julho de 1862, casou na igreja luterana de Luxemburgo (Santa Leopoldina) com Francina Lampier nascida  em 28 denovembro de 1845, na Holanda, filha de Jozias Lampier  e Pietmella Sara Van Ouwerkerk .

Leontina em 22/09/1946 casou na capela católica do Penna, com Francisco Marques, nascido em 23 de dezembro de 1917, filho de José Ferreira filho (Marx) e Ana Maria da Conceição. Francisco faleceu em 21 de janeiro de 1998. Leontina tinha uma tia, Maria Ramos Pereira, nascida em 05/04/1891, que residiu em Marechal até os anos sessenta. Era benzedeira.


A foto do lado foi tirada em 04/12/2018, por Jair Littig. Dona Leontina estava costurando um tapete.  






Ela costumava falar que teve uma vida sofrida e que foi muito doente. Então, pediu a Deus para abençoar que um dia pudesse ser curada, e morar próximo a uma igreja. E assim, recebeu essa graça de morar próximo a Igreja Católica de Sant'Ana, em Marechal Floriano/ES.


    A foto acima, foi capturada pelo fotógrafo: Fábio Klippel, da Fotomania de Marechal Floriano, num momento de oração de Dona Leontina na Igreja de Sant'Ana. Como dizem por ai, para ser um fotógrafo é preciso muito mais do que saber tirar fotos, e o Fábio soube fazer isso com maestria.
    Em 2020, com 100 anos, Dona Leontina pegou COVID, ficou 11 dias internada, depois recebeu alta para continuar com os cuidados em casa. 
    Ela como sempre muito ativa. Já na UTI do hospital, sem poder receber visitas, logo fez amizade com uma enfermeira, a quem pediu dois favores: uma touca para proteger a cabeça do frio, como frequentemente usava em Marechal Floriano, e um terço para fazer suas orações, e dele não se separou, sempre firme na sua fé. 
    Ao completar 100 anos de vida, recebeu um poema em sua homenagem o qual se encontra registrado no livro: Poemas dos momentos. E também foi lembrada no livro: Marechal Floriano - Resgatando Memórias. Os dois livros da escritora Giovana Schneider.
    Em 31/10/2021, ganhou o Título de Cidadã Florianense pela Câmara Municípal de Marechal Floriano, sendo o Vereador proponente: Natalino Bianqui Netto. 
    Como sempre foi uma pessoa de fé e muito ativa também na igreja, a sua última participação, isso com 103 anos, foi coroar a Nossa Senhora da Penha em 13/04/2024.

  CENTENÁRIO

Atravessar 100 anos
Não é para qualquer um
Hoje muitos que chegam aos 30
Já se sentem cansados
Então
Centenário não é para qualquer um
Tem que ter Perseverança
Tem que lembrar uma Bela Árvore
Que tem Troncos Firmes
Que tem Galhos Leves
Que se abaixam na Ventania
Mas que se Levantam
Quando o Mau Tempo Passa
Centenário
Não é para qualquer um 💟


Dona Leontina chegou aos 104 anos de vida. Teve uma longa vida e foi embora sem sofrer. Assim muitos queriam viver, mas isso é para poucos...
Chegar aos 100 anos pode ser o desejo de muita gente, mas mais importante do que completar um século de vida, é viver muitos e muitos anos com saúde e disposição. 
Como disse George Sand, pseudônimo de Armandine Aurore Lucile Dupin: "Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé".
Giovana Schneider 

domingo, 26 de maio de 2024

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: VI / VI

                        José Alaison

Nasceu em 28 de maio de 1942, filho de Oscarlino Araújo e Maria Travaglia Casou com Rita Hand, nascida em 09 de março de 1946, filha de Carlos e Hilária Catharina Stein. Rita Faleceu em 06 de maio de 2004. Sepultada em Marechal Floriano. Em 1960 já tinha seu comércio na rua Vitor Travaglia. Além do comércio foi agricultor, onde  cultivava uma grande plantação de chuchu. Uma das grandes atração do seu comércio, era um campo de boliche de pau, onde nos finais de semana era bem movimentado. Gostava de música foi baterista do antigo conjunto “Os Malucos”. Abaixo Marechal Floriano – 1970. No fundo Rua Manoel Kill. A direita acima parreiras de Chuchu do José Alaison Araújo. Acervo Jair Littig.


                                                      Alberto Gabrielli

Em 1921 foi comerciante na vila de Marechal Floriano. Foi comerciante na capital, como também tinha pensão e hotel. Abaixo da esquerda para direita recortes do Jornal Diário da Manhã 29/05/1921; Jornal Diário da Manhã 23/10/1921.

                    

         Rua do Sapo/ bairro Jarbinhas

No livro La Terra Promessa do Douglas Puppin conta que  em 1932/1933 os italianos de Ribeirão do Cristo compraram telhas da fábrica do Dudu Kill ( Manoel), onde a fábrica ficava situada neste local. Floriano Kiefer(imagem a esquerda ), teve sua fabrica até no anos cinquenta. Humberto Stein( Imagem a direita) teve um pequeno comércio. Além do Nicolau Marques, e  Euzébio Erlacher.


                Irmãos Oswaldo e João Kuster

Ludovico Osvaldo
 
Nasceu em 18 de abril de 1888 e faleceu em 24 de fevereiro de 1966.Casou-se em 24 de novembro de 1924 na Igreja Luterana de Campinho, com Johanna Endlich, filha de Philipp Endlich Anna Marie Degen. Johanna nasceu em 10 de fevereiro de 1889 e faleceu em 11 de dezembro de 1965.  Ludovico foi comerciante e tinha uma fabrica de tijolos construída pelo seu pai em 1896, no centro da cidade de  Marechal Floriano.
                   
  João Kuster
Nasceu em 05 de janeiro de 1897. Casou-se com Clara Elizabeth Kiefer em 28 de novembro de 1924.Clara era filha de Maria Tschön e Adam Kiefer, nascida em  10 de maio de 1902. Adam era filho de Heinrich Kiefer e Dorotheia Seibel. Maria era filha de Joseph Tschön e Katharine Knidell, nascida em 09 de dezembro de 1871, faleceu em 26 de maio de 1950.  Adam nasceu em 16 de dezembro de 1869 e faleceu em 18 de julho de 1955.Johann  faleceu em 28 de maio de 1978, sua esposa  em 17 de abril de 1994, com 91 anos. Ambos estão sepultados  em Marechal Floriano. Em 1940 comprou o comércio do seu irmão Oswaldo. Em 1950 alugou o ponto para celso Stein. Abaixo Foto da  fabrica de tijolos em Marechal Floriano, em 1920.Fabrica é de 1896. Desta olaria saíram tijolos para construir as primeiras casas ao redor da estação, como também da primeira igreja católica. Este local hoje em Marechal esta o ginásio Paulo Lorenzoni, Acervo Jair Littig.


Nelson Falcão
Nasceu em 28 de agosto de 1946, filho de Antonio falcão e Isabel Ludwig. Em 13 de setembro de1969, casou com Dilma Nalesso de 22 anos, filha de Antonio e Rosa Luisa  Denadai.  Teve seu primeiro comércio na rua de Santana. Além de comerciante foi motorista de caminhão, fazendo frete em todo Brasil. Também trabalhou por muitos anos em avicultura. Faleceu em 23 de julho de 2000.
                                                                                     Sebastião Neitzel
Nasceu  em 03 de janeiro de 1935, filho de Friedrick Neitzel e Anna Kalk. Em 11 de abril de 1958 casa com Otilia Kuster, nascida em 02 de outubro de1933. filha de  Oswald Kuster e Catharina Fischer. Sebastião faleceu em 24 de maio de 1994, sua esposa em 23 de abril de 1988.Sebastião teve seu comércio na Estrada do Batatal, hoje avenida Gustavo Hertel.

Generoso Kuster- Boina Azul

Nasceu em 09 de abril de 1946, filho de Adolf Kuster e Regina Gerhardt. Foi servir o exercito no Rio de Janeiro. Escolhido para  participar fiscalização da faixa de Gaza. Em 09 de fevereiro de 1996 por meio de transporte utilizado para o deslocamento do Contingente de Recife para a Faixa de Gaza, no Egito foi o aéreo, utilizando três aviões Hércules - C-130 da Força Aérea Brasileira. Partimos de Recife no dia 09 de fevereiro de 1966 chegando ao Batalhão Suez no dia seguinte, 10 de fevereiro. O percurso foi feito em três etapas de voo: O avião decolou de Recife às 09.00hs do dia 09 e fez a 1ª escala em Dakar, aterrissando às 15.15hs. A decolagem de Dakar se deu às 17.30hs, pousando em Argel às 24.00hs daquele dia 09. No dia 10 de fevereiro de 1966 às 02.35hs decolamos de Argel e aterrissamos em El Arish precisamente às 08.10hs daquele mesmo dia. Foram portanto 18 horas e 20 minutos de vôo. Os outros dois aviões seguiram o mesmo roteiro e mais ou menos o mesmo horário. O regresso ao Brasil por conclusão de missão na Faixa de Gaza se deu no dia 25 de março de 1967, via aérea, nos mesmos aviões Hércules C-130, também efetuado em três etapas, via Europa, sendo o último aeroporto estrangeiro a ilha do Sal, chegando em Recife no dia 26 de março daquele ano de 1967, nos apresentando ao 14º RI. Fonte: 3º Sargento - José Carlos de Oliveira. Ao regressar Generoso abriu um comércio com Sebastião Neitzel, na Estrada de Batatal. Mais tarde, na rua de Santana, inaugurou uma nova loja de confecção. Anos depois abriu um comércio em Guarapari, de sociedade com Nelson Falcão.

           Boina Azul

 Assim como o Capacete e o Gorro da cor da bandeira da ONU, identificam os Soldados da Paz. São militares pertencentes às tropas multinacionais que servem nas Forças de Paz das Nações Unidas para a resolução de conflitos internacionais em países envolvidos em conturbação social. O Comitê do Nobel do Parlamento Norueguês outorgou, em 29 de setembro de l988, o Prêmio Nobel da Paz às Forças de Paz das Nações Unidas. A 10 de dezembro de l988, na cidade de Oslo, com a presença do Rei da Noruega, Família Real e altas autoridades internacionais, foi procedida à entrega do prêmio ao Exmo.sr.dr. Javier Perez de Cuellar, Secretário da ONU, em nome das Forças de Paz das Nações Unidas.
 
  Floricultores de Marechal Floriano

Um dos pioneiros foi Wandelino Schunck, nascido em 11 de agosto de 1887. Filho de Pedro  e Philomena Ludwig .Em 22 de novembro de 1913 casou na igreja católica de Santa Isabel com Catharina Entringer, nascida em 28 de dezembro de 1895, filha de João Entringer e Rosa Costa. Wandelino faleceu em 02 de junho de 1969. 


              Hamilton Lins
 
Natural do Estado Rio de Janeiro. Nasceu em 16 de outubro de 1899. Chegou em Marechal Floriano, nos anos 30, como mascate. Mais tarde trabalhou como alfaiate. Tinha um habito de escrever cartas para  as pessoas analfabetas. Em 1960 escreveu para o Presidente da República Jânio Quadros, onde obteve resposta. Idealizador da festa de São Jorge, que teve inicio em  1956. Foi na festa de 1957, onde obteve uma grande imagem de São Jorge, vinda de São Paulo, via ferrovia. Comercializava orquídeas, onde eram vendidas para   São Paulo. Faleceu em  23 de junho de 1962.

                Família Entringer
Waldemiro, Aguilar, Francisco, Agostinho, esses  eram os filhos de Emílio Entringer que comercializavam flores em Marechal Floriano. Também vendias orquídeas . Agostinho utilizava-se de sua bicicleta, comprando orquídeas  em todos estado do Espirito Santo. Informações de seus parentes, Agostinho viajou até São Paulo. Lembro-me bem do Agostinho, sempre ao lado de sua companheira. Tinha um bagageiro de madeira, que servia para transportar suas flores. Em 1987 Agostinho descobriu uma nova bromélia no Espirito Santo, que seu nome cientifico foi Aechmea entringeri.

Érico de Freitas Machado

Nasceu em Pão de Açúcar, Alagoas, radicado no Espírito Santo desde 1950. Engenheiro agrônomo aposentado pelo Ministério da Agricultura, onde trabalhou por 37 anos. Foi membro efetivo e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, orquidófilo há mais de 50 anos, e proprietário do Sítio e Reserva Orquidófila “Florabela”, no município de Marechal Floriano, ES. Em 1960 realizou o sonho de poder cultivar suas próprias orquídeas, adquirindo na cidade de Marechal Floriano um pedaço de terra, dizimado pelo fogo e pelas culturas mal planejadas e transformou aquele pedaço de terra num paraíso. Recuperou a mata e as orquídeas que nela existiam. Trabalhou preservando matas ,bichos e pássaros. Assim surgiu a Florabela onde o visitante se depara com um ambiente diferente, onde a cada passo ele é surpreendido pela beleza das orquídeas que ali existem em grande quantidade e pela beleza do local em si. Erico também foi fundador e primeiro presidente da Sociedade Capixaba de Orquidófilos. Texto; Florabela orquídea.

        Euclides Francisco Lima
Mais conhecido com seu Euclides. No início dos anos sessenta já era conhecido em Marechal, pois gostava de futebol e tinha um time  com o pessoal do porto de Vitoria. Natural de santo Grande, Bahia, nascido em 25 de agosto de 1930,filho de Delclides Francisco e Florípedes Rocha. Em 30 de agosto de 1958 casou no cartório de Campinho com Elisa Catharina nasceu em 24 de junho de 1922, filha de Wandelino Schunck e Catharina Entringer.Veio para Marechal, onde no início tinha uma pequena fábrica de colchões perto da subida da igreja católica. Mais tarde comprou um terreno e construiu sua residência, onde vendia orquídeas Apaixonado por orquídeas e o América .Foi dela a ideia em transformar a  cidade de Marechal  em “ Cidade das Orquídeas”.  Euclides faleceu em Guarapari  em 17/02/2000.

Acima Praça José Henrique Pereira em Marechal Floriano – 1975 Ao lado do Supermercado Jurema, local onde Euclides vendia e fazia exposições de suas orquídeas. Acervo: Jair Littig.

Armando Walcher

No inicio da década de cinquenta comprou terras ao redor de Marechal, mas precisamente onde hoje é toda a avenida Arthur Haese. Cultivava vários tipos de flores, mas  a palma era de maior cultivação. Tinha dois tratores para arar a terra e vários  empregados. Toda sua produção era enviada para Vitória, onde tinha um local de venda na rua Duque de Caxias, a Casa Flora. Com as  constantes enchentes, onde perdia quase tudo, abandonou o cultivo. O local ficou por muitos anos abandonado. Hoje é uma avenida com muitas residências. Abaixo Propaganda no  Jornal Folha Capixaba  24/03/1961.




                                            Alfaiates 

Um dos primeiros alfaiates de Marechal Floriano foi o alemão naturalizado brasileiro João Littig 1ª. Mudou –se para o antigo Braço do Sul em 1896, pois residia em Sóido ( Boa esperança). Walter Littig neto do João, narrou que seu avô para fazer um terno completo, necessitava e no mínimo 40 dias para entregar o vestuário completo. Já na década de trinta, Hamilton Linz  chegou até três funcionários. Seu Zeferino tinha sua alfaiataria ao lado do antigo hotel. Um dos seus funcionários foi Ciro nascimento, que mais tarde tinha sua alfaiataria na Praça José Henrique Pereira. Helecio de Paula trabalhou para seu  Hamilton. Mais tarde tornou-se dentista. No início da década de sessenta Constantino Pinto Chagas, exerceu esta função por muitos anos. Abaixo da esquerda para direita Foto de casamento de Wilhelm Huwer e sua esposa Christina Schneider. 18/02/1898. O terno do noivo foi confeccionado pelo Joao Littig 1º. Christina era sobrinho do alfaiate. Foto acervo Jair Littig. A historia do terno foi contada pelo Edmundo Littig, neto do João. Foto de Helecio de Paula.

  


                                  Costureiras

Costureiras  de Marechal, as mais antigas foram;  Ana Borgo, esposa do Paulo Wassem, Olinda Regianni, esposa do seu Aurelio Vasconcelos, especialista em camisas , Paulina Koelher especialista em vestidos. Rosa Folador Mendes, esposa do Generoso Mendes, tinha uma grande freguesia. Especialista em roupas de festas, como vestido de casamento. D. Filinha, esposa do Ary Ribeiro, foi costureira para sua tia Rosa. Quando o assunto era festa, não podemos de deixar de registrar D. Paulina Borgo, esposa do José Merisio, ondulava cabelo, num sistema a vapor.  


                         Fim!


segunda-feira, 20 de maio de 2024

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: V / VI

               Amador Endlich

Nasceu em 26 de setembro de 1931, filho de Emilio Endlich e Elisa Kuster. Em 09 de junho de 1962, casou com Elba Nalesso, de 19 anos, filha De Antonio e Rosa Denadai. Elba nasceu em 24 de junho de 1942, faleceu em 10 de agosto de 1986, sepultada em Marechal Floriano. A primeira bomba de  Gasolina em Marechal. Também tinha um comércio de secos e molhados. Com a inauguração da BR comprou um terreno  e construiu um posto de gasolina.  Mais tarde vendeu para os Venturim. Seu comércio de secos e molhados, foi adquirido pelo seu antigo funcionário Valcir  Endlich. A direita Abaixo foto Bomba de gasolina do posto de venda de Amador Endlich. Foto de 1962. Da esquerda para direita: Valcir  Endlich, Lourival Dalvi e Lino Endlich. A esquerda Amador - 1955.



                      Florentino Del Puppo

Nasceu em  23 de maio de 1936, em Rio Fundo, filho de Raimundo Delpuppo   e Brígida Gava.  Em 1958 consertava sapatos, residia na casa de família da D. Elisa Endlich. Trabalhou Nicolau Marx e um período no D.N.E.R Em 1962 comprou um lote da família Pereira e construiu um comércio. Bar Continental, situado perto da subida da igreja. Era um local  com muito movimento. Foi uma época de construção do rodovia 262, onde comércio expandiu. O Bar Continental  era bastante movimentado, principalmente pela mesa de sinuca. Em 14 de julho de 1962 casou no cartório de Santa Isabel e na igreja católica de Marechal  Floriano, com Genoveva Gama nascida em 05 de fevereiro de 1943, no distrito de Rio Quartel, Linhares filha de Olympio da Silva Gama e Genoveva Marculano Gama. A direita acima inauguração do bar em 1962 pelo padre Francisquinho Abaixo: Casa Andreia No seu registro consta que foi fundada em 25/09/1979, mas em 1973 já existia.  A foto ao lado foi de 1975. Na época tinha duas portas.
 

           Zitimo Cardoso

José Antonio Gabriel Zitimo nasceu em 18 de fevereiro de 1912, filho de José Antonio  Miguel  Cardoso  e Maria Bungenstab. Em 03 de outubro de 1935, casou na capela católica de Marechal Floriano, com Carolina Merisio, de 19 anos, filha de João e Anna Paganini. Carolina nasceu em 08/09/1916. Foi comerciante em Marechal Floriano até 1955, quando mudou-se para Cachoeiro do Itapemirim. Nas imagens abaixo Foto dos anos sessenta, onde podemos ver o telhado da beneficiadora de café e Emilio Gustavo Hülle. Foto; Aristeu Braga;Sobrado em que Zitimo tive comércio em Marechal Floriano.
 


 José  Merisio
Seu primeiro comércio foi a estrada de Batatal em 1957. Em 1958  Manoel Santos construiu seu local de venda e sua moradia.  José mudou e começou seu comercio com secos e molhados. Já em 1962 comprou o bar do Aristeu Braga, onde transferiu seu comércio.  José nasceu em Todos santos, município de Guarapari, filho de João Merisio e Ana Paganini. Casada com Paulina Borgo. 


Acima Foto do início dos anos sessenta, onde podemos ver o sobrado dos Lovatti e bar do Aristeu Braga, que depois foi vendido para José Merisio. Fotografo: provavelmente seja Aristeu Braga. Abaixo  da esquerda para direita; Foto da enchente de marechal Floriano em março de 1960. Barracão foi construído para uma fábrica de vinho de João Lübe, tornando-se mais tarde, açougue. Foto: acervo Jair Littig; Foto da enchente de Marechal Floriano em março de 1960. Da esquerda para direita: a segunda residência farmácia do Ary Ribeiro, casado Manoel dos Santos e sua padaria, comercio de José Merisio.
Foto: acervo Jair Littig.



                          Serraria/Movelaria 

  Antonio Nalesso
Nasceu no Município de Alfredo Chaves, filho do italiano Romeo, nascido em 21 de agosto de 1910, faleceu em 08 de novembro de 1965.Casado com Rosa Denadai, filha de Giovanni e Julia Braido, nascida em 28 de março de 1916, faleceu 31.de outubro de 1980. Em 1950 veio para Marechal,  alugou um barracão do comerciante José Henrique Pereira , instalou uma serraria. Além de serragem de madeira, fazia moveis,  fabricava   casas de madeiras. Antonio também foi sub-delegado. Além do Antonio Nalesso, temos o
                                                             Alceu Denadai
Comprou um sobrado na rua de Santana, pertencente a Antonio Merisio. Local foi construído para uma beneficiadora de café, mas nunca foi utilizado. Trabalhava com moveis. Em 18 de dezembro de 1965, com 42 anos, casou com Romana Trarbach, filha de Moacyr e Katharina Schwambach  nascida em 19 de novembro de 1934. Alceu era filho de João Delpuppo e Carolina Regianni, nascido em 11 de dezembro de 1923 Mudou-se para Guarapari.
                Sebastião Wassem
Nasceu em 08 de março de 1935, filho de Paulo Wassem e Ana Regina Borgo. Em 01 de março de 1964, casou com Ana Maria Vasconcelos, filha de Benedito e Maria Rovetta . Sebastião faleceu em 27/07/2020. Começou como empregado, depois teve sua própria movelaria. Seu trabalho ficou conhecido, utilizando a madeira jacarandá, onde fabricava moveis caros.
                    Arthur Kuster
Nasceu em 24 de março de 1907, filho de Jacob e Anna Hülle Em 19 de maio de 1939, casou-se com Laura Littig, filha de Karl Littig IV. Arthur faleceu em 05 de junho de 1973. Laura faleceu em 04 de novembro de 1984.Herdou do seu pai a profissão de marceneiro. Tinha uma perfeição  nos seus trabalhos de movelaria.

              Rua de Santana 

Foto da enchente em Marechal Floriano em março de 1960. A esquerda a casa de Alexandrina Entringer, o prédio da marcenaria de Alceu Delpuppo, a direita construção da casa o Antonio Nalesso, no fundo, açougue municipal. Fotografo: Emilio Ewald.


                                                 João Rupf

Nasceu em 25 de abril de 1896, na antiga Vila do Braço do Sul, filho de Edmund Rupf e Gertrudes Endlich. Em 10 de setembro de 1921, com 25 anos, casou na capela católica de Marechal Floriano com Jacyr de Araújo, de 18 anos, natural do Rio de Janeiro, filha de Venâncio Silva e Maria Adelaide Araújo. Faleceu em 26 de dezembro de 1993, sepultado no cemitério antigo de Marechal Floriano. Foi comerciante em Vitória e Cachoeiro de Itapemirim. Em 1921 tinha comércio em Marechal Floriano. Na foto Família de João Rupf com sua mãe Gertrudes.



                          Continua [ ... ]

terça-feira, 7 de maio de 2024

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: IV / VI


         Guilherme Eduardo Littig – Willy

Nasceu em 16 de outubro de 1908, em Boa Esperança, filho de Peter Littig e  Margareth Hoffmann. Estudou no colégio de Santa Maria, com o professor Nicolau Kröhling. Casou-se em 27 de dezembro de 1930, com Emilie Huwer. Ficou viúvo, em 1933 mudou-se para Marechal Floriano. Comprou uma casa no centro, do Sr. Mathias Felippe Klein. Em 25 de maio de 1940 casou com a filha do Emil Oscar  Hülle , Charlotte Joanna Hülle.  Foi comerciante, principalmente na compra de café. A partir de 1945 começou  a comercializar madeira. Comprava e vendia dormentes para a Estrada de Ferro Leopoldina e Central do Brasil. Tinha várias tropas de burros para transportar dormentes. Sebastião Siqueira e Oscar Schunck foram pessoas que trabalhavam  nas tropas. Era apaixonado por cinema. Em 1962 arrendou duas máquinas de projeção, de propriedade do Sr. Avides Targuetta. Alugou um antigo comércio que pertencia a família Pereira, que já funcionava como cinema. Projetou filmes até o ano de 1967. Com a televisão, o cinema foi desativado. Na política  foi  Integralista  ( camisa verde).  Mais tarde  foi   filiado a UDN ( União Democrática Nacional). Faleceu em Vitória no dia 16 de março de 1972, com 63 anos e 05 meses. Está sepultado no cemitério de Campinho. Wilhelm  foi comerciante na Vila de Marechal Floriano, entre 1932 até 1964. Abaixo no Documento, uma nota fiscal datada de 14 de abril de 1948, tirada em nome de Jacob Klippel. E foto de Guilherme Eduardo Littig - Willy.


                      Selso Stein

Nasceu em 25 de outubro de 1924 em Sóido, filho de Aureliano Stein e Luiza Catharina Tesch. Muito jovem foi para Campinho trabalhar no comercio de João Batista Wernersbach. Em 29 de junho de 1951 casou na igreja católica de Campinho com Paulina Koelher, nascida em 13 de fevereiro de 1932, filha de Germano Philipp e Olga Elizabeth Gerhardt. Em 1950 com ajuda do patrão alugou  na Vila um pequeno comércio que pertencia a João Kuster. Ao chegar em Marechal percebeu que todos os comerciantes eram antigetulista, inclusive ele.  Mas  quem tinha condições de comprar eram os ferroviários  e empregados do  estado e federal, e esses eram getulistas.  Celso era UDN,  já que seu antigo patrão pertencia a União Democrática Nacional. Foi para o PTB , partido do Getúlio. Seu comércio prosperou contendo uma grande variação de mercadorias. Comprou uma balança Filizola , último modelo. Geladeira onde vendia um picolé de leite  que custava hum cruzeiro, e vinha embrulhado no papel  manteiga,  conhecido com beijo frio. Em 1958 seu comércio era ao mais movimentado da vila.  Em 1960 inaugurou seu novo comércio na rua principal, um sobrado  com moradia. Mais tarde ainda construiu o segundo. Católico fervoroso, quem passasse em frente ao seu comércio as 11:horas, lá estava sintonizado  ouvindo a radio Aparecida na voz do padre Vitor  Coelho. Faleceu em 08 setembro de 2009. A esquerda acima foto de Celso e sua esposa  Paulina. Abaixo foto de 1958 do seu comércio, ao lado de uma caminhonete  do Helmuthe  Kuster  e seus dois filhos gêmeos Paulo e Mauro. Na frente do  comércio acima das portas tem uma propaganda política da eleição de 1958, do Carlos Lindenberg, que  venceu a eleição para governador, partido do PSD.


   Paulina  Koelher Stein

Nascida em 13 de fevereiro de 1932, filha de Germano Philipp e Olga Elizabeth Gerhardt.  Foi pioneira em Marechal, sendo a primeira mulher a abrir um comércio. Vendia armarinho, roupas feitas, utensílio de casa, joias e outras coisas. Seu maior negócio era trazer novidades de São Paulo. Constantemente  viajava, quando chegava era aquela correria, a procura de coisas novas. Um dos produtos que mais vendia, eram os famosos relógios  japoneses da marca SEIKO.  Vendia fiado, para pagar em até em três vezes, que na época, poucos negociante tinham coragem de vender fiado, principalmente relógio. Este local nos anos setenta, virou comércio de secos e molhados, administrado pelo seu filho Paulo ( Gordo). Paulina faleceu em 09 de maio de 2022, sepultada no cemitério católico Marechal Floriano. Abaixo Foto dos anos setenta, no fundo o prédio verde, onde funcionou o comércio de Paulina Stein. Foto: Acervo Jair Littig.


                                      Roberto Brabo Saletto

No final da década de sessenta comprou um sitio em Marechal Floriano, que pertencia  a família do interventor  Moacir Ubirajara Moreira da Silva. Na época era casado com Marinete Peixinho. Reformou o local deu o nome de Granja Romari, em homenagem  as inicias de seu nome e de sua esposa. Com seu sócio Pedro de Faria Burnier, Otaviano santos, Antonio de Oliveira e paulino Blanc de Dios, fizeram grandes investimentos na avicultura, construindo um incubatório para produção de pintos de um dia ( corte e postura). Construiu aviários para corte, e de produção de avos, e fabrica de ração . Na produção de pintos de um dia, introduziu no incubatório de Marechal a raça poedeira  Hay-Line, líder mundial em produção e vacinação contra doença de Mareck, tornando o estado do Espírito Santo um grande produtor de aves. Saletto como era conhecido nasceu em 05 de maio de 1917, em  Cachoeiro do Itapemirim , filho de imigrante italiano, seu pai Augusto Saletto, sua mãe Manuela Brabo, espanhola. Foi casado com Dulce Prado, onde teve duas filhas. Faleceu no Rio de Janeiro, no hospital São José, em 27 de outubro de 1973,  com 56 anos, sepultado em Vitória.

                                Açougues

Conforme relatos de antigos moradores, o abate de animal era feito de forma inadequada. Abatia-se em fundos de casa, na beira do rio e córregos. A situação melhorou foi quando a prefeitura de Domingos Martins lançou um edital de 1936, para construir uma local e venda  da carne. A direita consta uma parte  deste edital, que foi divulgada no  Diário da Manhã de 16/04/1936. Um dos primeiro local de venda foi num antigo barracão  que foi construía para uma fabrica de vinho pelo João Lübe, administrado pelo João Barreto. Olympio Schunck foi o que mais tempo ficou exercendo esta função. Tinha seu próprio abatedouro, como também o local da venda, situada na antiga estrada , hoje BR 262. Com a construção da rodovia mudou para o centro, mas continuo abatendo até os anos oitenta. Em 1959 o prefeito Paulo Lorenzoni construí um novo açougue, situado na Praça José Henrique Pereira, o abatedouro a beira do rio Braço do Sul, administrado por Ormindo Endlich, mais tarde Benjamin Pagung. Nos anos noventa o local foi demolido, pois pertencia a família Nalesso. Abaixo da esquerda para direita Ormindo Endlich, Benjamin Pagung e  Olympio Schunck.

        
                                                             
                                                                  Açougues/Bar

Em 1969 meu pai Guilherme Eduardo Littig (Willy), vendeu parte do terreno para seu Olímpio Pereira. Na parte da frente construiu um ponto de comércio, para explorar e bar e açougue. Na ocasião Alemão Stein,  rendou o local e abriu um açougue e   bar. Mais tarde Paulinho José Ambrosine. Em 1973 seu Macionílio Vargas comprou o local, onde deu continuidade  com o bar e açougue. Foto a direita era da época do Alemão Stein.

                 Augusto  Henrique Hülle

Nasceu em  31 de dezembro de 1909, em Rio Fundo, filho de Emílio óscar Hülle e Catharina Schneider. Foi lavrador, trabalhando com café e farinha. Em 14 de março de 1933 registro um alvará para comercializar carne na Vila de Marechal Floriano. Em 1936 comprou um terreno na Boa Vista, município de Domingos Martins, onde cultivava café. Casou-se com Frida Ruph, em 14 de dezembro de 1935. A partir de 1950 foi comerciante em Marechal Floriano até aposentar em 1974. Augusto faleceu no dia 14 de fevereiro de 2002.

                                 Altevir Antonio Wassem

Nasceu em 25 de novembro de 1936, filho de Paulo Wassem e Ana Regina Borgo. Em 12 de maio de 1962, casou com Jandira Denadai, nascida em 28 de abril de 1939, filha de Alcino Denadai e Artemiza Savignon. Com a idade de 22 anos, herdou o comércio de seu pai, foi um dos primeiros comerciantes de Marechal, com mais de 60 anos de atividade. Faleceu em 18/05/2018 Foto Internet do comércio de Altevir.

                           Alcino Denadai

Nasceu em 08 de setembro de 1914,  em Batatal, município de Alfredo Chaves. Mais conhecido com Tato, veio para Marechal em  meadas dos anos cinquenta. Teve um comércio na rua Vitor Travaglia. Além de comerciante tinha um caminhão de frete. Candidatou-se a vereador pela vila de Marechal, mas não conseguiu eleger. Faleceu em 05 de fevereiro de 1994.

            História do Restaurante Ponto Frio

Em 1960 a ponte  sobre o rio Braço do Sul, foi concluída. Na ocasião era uma obra para atender a construção da antiga BR 31, hoje 262. A partir de maio de 1962 com início das obras pela Cia. Baiana, abriu a estrada e começou nos finais de semana, naturalmente no verão, as pessoas ir tomar banho ao redor da ponta, já que havia abaixo um remanso e acima uma cachoeira. Nos anos cinquenta e sessenta, poucas famílias frequentavam as praias de Guarapari. Nos domingos era uma multidão tomando banho na antiga ponte. Usavam-se muito câmara de   ar de pneus. Porém a ponte de cimento da BR ficou mais atrativa. Conforme conversa que tive com Ary Ribeiro, foi dele que saiu o nome do Ponto Frio. Virou uma febre. Em 1964 o asfalto chega em Marechal. Neste mesmo ano começa o trabalho pela Construtora Queiroz Galvão fazendo o trecho de Marechal até Vitor Hugo. Além do asfalto, a empresa teve que refazer cortes e outras obras de arte. Neste período Waldemiro Entringer, um descendente de emigrantes luxemburgueses, nascido em  12 de janeiro de 1922, filho de Emilio Entringer e com Maria Wassem. Seu pai foi a primeira pessoa a possuir veículo na vila de Marechal Floriano. Emílio adquiriu em 28/05/1917  o terreno que hoje esta o restaurante, por 245$240 réis ( duzentos e quarenta cinco mil e duzentos quarenta réis), do Emilio Endlich. Waldemiro antes de ser negociante foi vendedor de flores.   Casou no cartório  de Guarapari em 27 de junho de 1953, com Elza Simões Pádua, nascida  em 06 de setembro de 1933, filha de Eugênio de Oliveira  Pádua e Ana Simões. Para atender uma grande demanda de refeições,  principalmente  da empresa Queiroz Galvão, o comércio do casal expandiu, tornando-se referência nacional. Hoje são mais de sessenta anos que este estabelecimento  continua em atividade. Época quando  começou, a vila de  Marechal Floriano, dava os  primeiros  passos, para chegar o que hoje. Waldemiro faleceu em 01 de abril de 2012, sua esposa em 27 de novembro de 2020. Na imagem acima Planta do terreno de Emilio Entringer Fonte: APEES. 



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PROSA FLORIANENSE - XI

  PAULINA KOELHER STEIN Nascida em 13 de fevereiro de 1932, em Sapucaia, atual Paraju, filha de Germano Phillip Koelher e Olga Elisabeth Ger...