sexta-feira, 30 de junho de 2023

PROSAS FLORIANENSES - II

 Eu gosto de uma boa conversa. O Jair Littig, trás consigo boas lembranças e, o que é melhor, gosta de contá-las. Esta ele me enviou dias depois que tivemos um Sarau de Poesias aqui em Marechal, acredito que este Sarau trouxe-lhe boas lembranças...

TEATRINHO DOS FERREIRA


    Eram filhos do Elisiário Ferreira e Fernanda Gianordoli. Com a morte do esposo, Fernanda casa novamente. E vem residir na Vila de Marechal. 

    Em 1956, iniciei meus estudos, foi onde conheci este trio maravilhoso que encantava todo mundo com o teatrinho. Elsa, Vera e Elisiário Filho o "Lilinho". 

    Na escola tínhamos festas das mães, da árvore e no final do ano. Os Ferreira dominavam as festas. O Lilinho com o seu cabelo cor de fogo, parecia um personagem do Sitio do Picapau Amarelo. Vera Regina era a mais extrovertida, fazia o papel do mau. Elza por ser mais velha, era uma menina meiga, personagem do bem.

    Lembro-me bem, depois de tomar um belo banho. Passar brilhantina Glostora nos cabelos. Vestir aquela camisa de linho, feito do saco de trigo, que na época era ensacado no linho. Meu tamanco de madeira. Lá ia eu caminhando para a escola. Para assistir o teatrinho.

    Geralmente era histórias folclóricas, onde havia um palco improvisado, com uma cortina de cobertor velho amarrados em cordas. Os três vestidos com trajes de adultos, a plateia concentrada, torcendo que Joãozinho casasse com a princesa. Era tempo que a imaginação voava como um pássaro. No final saíamos encantados com o trio.

    Tinha a festa do final do ano, onde recebíamos o famoso boletem de aprovação. Era um dia de alegria para muitos, outros tristeza. No final, aquela festa esperada, com dançarinas, musical, poesias e até teatrinho. Vera Regina que era mais comunicativa, cantava musicas do folclore brasileiro: "eu não quero outra vida pescando no rio Jereré". Tempos que não voltam mais...

Muitos conheceram o Lilinho como mecânico, motorista de caminhão e politico. Já, eu conheci o Lilinho cabeça de fogo, batalhador, de um coração bondoso, que sempre me chamava carinhosamente de "Jairzinho da D. Carlota" - Jair Littig. 

    Obrigada, Jair Littig, por nos presentear com mais esta boa prosa. Uma bela história. Marechal Floriano, está precisando voltar aos velhos e bons tempos.

Eventos culturais, despertam talentos. Eventos Culturais, são ferramentas de transformação. 

Lilinho com os amigos no Ponto Frio - Marechal Floriano

Lilinho, Palmerino Merisio, Ilson Hülle, Jair Borgo, José Luis Padeiro  e Norato.



Giovana Schneider 

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: II / VI

  E milio Endlich  ainda continuou com um comércio de sal  num comércio que tinha no lado esquerdo das margens do Rio Braço do Sul, que mais...