terça-feira, 14 de maio de 2019

MARECHAL FLORIANO... Resgatando Memórias II (Família Fischer/Rupf)

HISTÓRIAS DE ALGUMAS FAMÍLIAS DE MARECHAL FLORIANO/ES. 
                           (Primeira Postagem) 

                             Família Fischer 


A foto acima é do final do século XIX da família Fischer, que em 1862 veio residir na região do Braço do Sul. Cultivavam café. A família do Franz tinha uma excelente situação financeira, na foto podemos abservar a elegância desta família. O rapaz da esquerda Adolf já usava óculos.
Todos os Fischer de Marechal Floriano, são descendentes desta família



                                           João Rupf com sua família 



Fotos da família de João Rupf. João nasceu em Marechal Floriano, filho de Edmundo e Gertrudes Endlich. Foi comerciante em Marechal Floriano, Vitória, Vila Velha e Cachoeiro do Itapemirim. A foto são dos seus filhos em Cachoeiro - 1941


Filhas Jacy e Gecy, nasceram em Marechal Floriano. Foto do carnaval de 1928.


O menino Joacyr foi piloto da aviação da PANAIR (Panair do Brasil S.A. foi uma da companhias aéreas pioneiras do Brasil) e da VARING. Faleceu em 1969, ele e a filha, em um acidente aéreo no Rio de Janeiro. 

Fonte: Jair Littig

PS: Ainda em construção, vou fazer alguns acertos.

Giovana Cristina Schneider

segunda-feira, 13 de maio de 2019

MARECHAL FLORIANO...Resgatando Memórias II (Estação)

HISTÓRIA DA ESTAÇÃO MARECHAL FLORIANO
Ela teve sua inauguração no dia 13 de Maio de 1900

ESTAÇÃO MARECHAL FLORIANO
A Estação Marechal Floriano teve um papel primordial para o desenvolvimento desta localidade, a antiga Vila Braço do Sul, que após a sua inauguração ficou conhecida como Estação Marechal Floriano e a se chamar Vila Marechal Floriano. Trouxe também um certo "progresso" com os trens de cargas e passageiros, pois construções foram feitas mais próximas da estação. A Vila se tornou um ponto estratégico para o comércio do café e toda a produção da região era embarcada no trem para o porto de Vitória, isso foi uma grande vantagem para os cafeicultores. Assim a trajetória de Marechal Floriano foi sendo escrita, centralizada em sua estação ferroviária.
(MARECHAL FLORIANO...Resgatando Memórias. Giovana Cristina Schneider)






CURIOSIDADE
















(...) Começa a construção da Estrada de Ferro Sul Espírito Santo, e com ela a Estação na Vila Braço do Sul, que fica pronta em 1900, e no dia 13 de Maio foi inaugurada, recebeu o nome de Marechal Floriano em homenagem ao Vice-Presidente Marechal Floriano Vieira Peixoto. A Vila Braço do Sul, passa a se chamar Vila Marechal Floriano...Hoje Município, Marechal Floriano são 119 anos de Nome, mas, são 157 anos de História para aqui chegar, uma história que começou lá em 1862.

Giovana Cristina Schneider 




quarta-feira, 8 de maio de 2019

A Pietà do Lixo - Dona Domingas


Dona Domingas
Por: Estêvão Zizzi
Naquela madrugada do ano de 1960, livre do ventre da mãe, vinha ao mundo, uma criança incomum pela graça. Negra azulada, olhos cor de pitanga. Por ser um domingo, nome religioso que leva o significado, “pertencente ao senhor”, foi batizada de Domingas. Nasceu no morro do Palácio, numa casinha feita de palha de centeio sustentada por traves de madeira. Minutos depois, seus pais se depararam frente a um paradoxo: livre para viver num mundo de pessoas sem almas? Testemunharam seu nascimento, a lua, o Cruzeiro do Sul, o céu, as estrelas, os gritos e gemidos dos acorrentados, filhos da escravidão. Quadro perfeito retratado por Castro Alves em o “Navio negreiro”. Famílias tratadas como animais e forçadas a dançar sob o chicote dos capatazes.
"Era um sonho dantesco!... o tombadilho,
que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar!...
A infância de Domingas foi cercada pela “maldição da cor”: Ouvir, ficar calada e obedecer.
Muitas vezes conviveu com a “peia”, um tipo de algemas para tornozelos e pulsos, de madeira ou de ferro.
Ao redor desse contexto, os senhores, seus proprietários, comemoravam e festejavam a venda de um ou outro negro, que era anunciado nos jornais: Correio de Victoria, Jornal de Victoria, O Espírito Santense e O Constitucional.
“ AMA de Leite. – Vende-se uma preta, muito moça com cria; sabendo lavar perfeitamente, e bem desembaraçada para o serviço doméstico: é muito sadia, e o motivo da venda: é não querer servir mais a seus antigos senhores, número 75 – sobrado.”
“Nesta tipografia se dirá, quem deseja alugar um moleque de 8 a 10 anos de idade, que seja sadio e de bom comportamento.”
Ironia do destino, os tais senhores, até faziam o sinal da Cruz quando o interessando assinava o contrato.
Por duas décadas viveu e respirou esses ares, cercada pelas belas e imponentes igrejas da chamada cidade Presépio.
Um dia qualquer no final dos anos oitocentos, nas ruas de Vitória, o povo gritava e festejava: - “ Estamos livres!” “A princesa nos libertou!” Era o anúncio da Lei Áurea – Fim da escravidão no Brasil!
Domingas, pendurada no morro e pedindo socorro, vendo a cidade a seus pés, quis festejar, mas, simplesmente, sorria sem palavras com lágrimas no rosto.
Estava livre? Sim! Qual destino?
Como muitos foi morar no morro do pinto no Bairro de Santo Antonio.
Tão logo, arrumou um emprego como catadeira de café em grãos no armazém de café da firma alemã Tordovilli. Mais tarde trabalhou como faxineira em várias casas.
No morro do Pinto, gostava muito de frequentar a igreja de Santo Antonio. Ajudava o próximo na medida do possível e os padres faziam o mesmo por ela. Dona Domingas não faltava na missa das 18 h, vestida com chale, de sapatos e meias, terço na mão e em oração sem muita conversa. Todos admiravam a sua postura, em especial os padres Virgílio e Mateus. Alguns até a ouviam dizer em suas preces: “Que Deus os perdoe pela maldade!”
Infelizmente, a miséria, bateu friamente a sua porta.
Não se quedou! Travestida de um pretérito imperfeito, com rugas e olhos caídos, vestido preto, corcunda, descalça, levando um saco nas costas e um cajado nas mãos, foi ser catadora de lixo!
Em suas andanças pela cidade fez amigos. Aliás, muitos amigos. De todos os seus admiradores, um italiano escultor de nome Carlo Crepaz, chegou a fazer várias esculturas de Domingas pelo encanto de sua pessoa.
Nos anos 70, o relógio da vida parou e adormeceu para sempre o corpo cansado de Domingas no Bairro de Santo Antonio.
Não foi esquecida! Passou para a posteridade!
Uma estátua feita pelo escultor a fez voltar ao lado do morro do Palácio. Desde vez, feita de bronze frio.
No Carnaval de 1986, a Escola de Samba, Pega no Samba, escreveu no enredo uma linha a Domingas: - “Domingas, a catadora de papel
Hoje tem na escadaria, sua estátua que está vendo lá do céu.”
Hoje...hoje continua lá ao lado do Palácio esquecida pelo tempo. Nem uma placa e muito menos uma biografia.
Em seu “inventário”, há uma lista não de bens materiais! Há uma lista infindável de amigos e pessoas que nunca a esqueceram: Carmen Maria Leitão, Inácia Tristão, Cezar Naime, Nelce Pizzani Rios, José Augusto Loureiro, Idalina Locatelli, Nely Sacapin, Ana Maria Brito, Paulina Garcia, Fabio Trancredi, Roberto Carlos dos Santos, João Luiz, Romildo Raimundo da Silva e muitos outros.


quinta-feira, 2 de maio de 2019

ESCRITORA BRASILEIRA

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora brasileira, conhecida por seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada publicado em 1960. Carolina de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes escritoras do país.
"O livro... me fascina. Eu fui criada no mundo. Sem orientação materna. Mas os livros guiou os meus pensamentos. Evitando os abismos que encontramos na vida. Bendita as horas que passei lendo. Cheguei a conclusão que é o pobre quem deve ler. Porque o livro, é a bussola que ha de orientar o homem no porvir (…)" (Carolina Maria de Jesus)"
“…. Há de existir alguém que lendo o que eu escrevo dirá… isto é mentira! Mas, as misérias são reais.”
Carolina de Jesus


Carolina Maria de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil. Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em abril de 1958, enquanto cobria a abertura de um pequeno parque municipal, Carolina foi vista de pé na beira do local gritando “Saiam ou eu vou colocar vocês no meu livro!”. Os intrusos partiram. Dantas perguntou o que ela queria dizer com aquilo. Ela se mostrou tímida no início, mas levou-o até o seu barraco e mostrou-lhe tudo. Ele pediu uma amostra pequena e correu para o jornal. A história de Carolina “eletrizou a cidade” e, em 1960, Quarto de Despejo, foi publicado. A tiragem inicial de 10 mil exemplares se esgotou em uma semana.
Suas obras publicadas são:
  • Quarto de Despejo (1960)
  • Casa de Alvenaria (1961)
  • Pedaços de Fome (1963)
  • Provérbios (1963)
  • Diário de Bitita (1982)
  • Meu Estranho Diário (1996)
  • Antologia Pessoal (1996)
  • Onde Estaes Felicidade (2014)



Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foi um a autora brasileira, considerada uma das primeiras e mais destacadas escritoras negras do País.
Ela é autora do livro best seller autobiográfico “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”.

A origem de Carolina

Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, no interior de Minas Gerais, no dia 14 de março de 1914. Neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta, Carolina cresceu em uma família com mais sete irmãos.
A jovem recebeu o incentivo e a ajuda de Maria Leite Monteiro de Barros – uma das freguesas de sua mãe – para frequentar a escola. Com sete anos, ingressou no colégio Alan Kardec, onde cursou a primeira e a segunda série do ensino fundamental.
Apesar de pouco tempo na escola, Carolina logo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita.
Em 1924, em busca de oportunidades, sua família mudou-se para Lageado, onde trabalharam como lavradores em uma fazenda. Em 1927, retornaram para Sacramento.

A mudança para São Paulo

Em 1930 a família vai morar em Franca, São Paulo, onde Carolina trabalha como lavradora e, em seguida, como empregada doméstica.
Com 23 anos, perde a sua mãe e vai para a capital onde emprega-se como faxineira na Santa Casa de Franca e, mais tarde, como empregada doméstica.
Em 1948 muda-se para a favela do Canindé. Nos anos seguintes, Carolina foi mãe de três filhos, todos de relacionamentos diferentes.

Carolina e a literatura

Morando em uma favela, durante a noite trabalha como catadora de papel. Lê tudo que recolhe e guarda as revistas que encontra.  Estava sempre escrevendo o seu dia a dia.
Em 1941, sonhando em ser escritora, vai até a redação do jornal Folha da Manhã com um poema que escreveu em louvor a Getúlio Vargas. No dia 24 de fevereiro, o seu poema e a sua foto são publicados no jornal.
Carolina continuou levando regularmente os seus poemas para a redação do jornal. Por esse motivo acabou sendo apelidada de “A Poetisa Negra” e era cada vez mais admirada pelos leitores.
Em 1958, o repórter do jornal Folha da Noite, Audálio Dantas, foi designado para fazer uma reportagem sobre a favela do Canindé e, por acaso, uma das casas visitadas foi a de Carolina Maria de Jesus. 
Carolina  lhe mostrou o seu diário, surpreendendo o repórter. Audálio ficou maravilhado com a história daquela mulher.

A publicação de “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”

No dia 19 de maio de 1958, Audálio publicou parte do texto, que recebeu vários elogios. Em 1959, a revista O Cruzeiro também publica alguns trechos do diário.
Somente em 1960 foi finalmente publicado o livro autobiográfico “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, com edição de Audálio Dantas.
Com uma tiragem de dez mil exemplares, só durante a noite de autógrafos foram vendidos 600 livros.

O sucesso de Carolina

Com o sucesso das vendas, Carolina deixa a favela e pouco depois compra uma casa no Alto de Santana.
Recebe homenagem da Academia Paulista de Letras e da Academia de Letras da Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1961, a autora viaja para a Argentina onde é agraciada com a “Orden Caballero Del Tornillo”.
Nos anos seguintes, Carolina publica:
  • “Casa de Alvenaria: Diário de uma Ex-favelada” (1961) 
  • “Pedaços da Fome” (1963) 
  • “Provérbios” (1965)

O declínio de Carolina

Apesar de ter um livro transformado em best seller, Carolina não se beneficiou com o sucesso e não demorou muito para voltar à condição de catadora de papel.
Em 1969, mudou-se com os filhos para um sítio no bairro de Parelheiros, em São Paulo, época em que foi praticamente esquecida pelo mercado editorial.
Carolina Maria de Jesus faleceu em São Paulo, no dia 13 de fevereiro de 1977.

Carolina Maria de Jesus com Clarice Lispector




Carolina lutou a vida toda para existir em uma sociedade racista e desigual.
Ela é considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil.
Fonte: @CarolinaMariadeJesusOficial

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: II / VI

  E milio Endlich  ainda continuou com um comércio de sal  num comércio que tinha no lado esquerdo das margens do Rio Braço do Sul, que mais...