segunda-feira, 15 de abril de 2024

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: II / VI

 Emilio Endlich  ainda continuou com um comércio de sal  num comércio que tinha no lado esquerdo das margens do Rio Braço do Sul, que mais tarde se tornaria a residência de sua Irma Gertrudes, casada com Germano Rupf. Com a morte Emilio em 06 de março de1941, seu filho Amador começou um novo comércio e secos e molhados, mais tarde bomba de gasolina. Com a inauguração da BR 262, abriu um posto de gasolina. Na virada do século já não mais pertencia. Era o fim dos comerciantes Endlich em Marechal Floriano. A direita local onde era o deposito de sal do Emílio Endlich, que foi transforando em casa. Com a construção da BR 262, foi demolida. Bellarmino Pinto Coelho. Sabemos muito pouco deste cidadão que chegou na Vila de Marechal Floriano por volta de 1915. Natural Cachoeiro do Itapemirim. Com ele  estava seu sócio Aguilar de  Freitas. Ao redor da estação da antiga Estrada de Ferro Sul Espírito Santo, aterrou-se uma grande área, para no futuro desenvolver uma cidade. Partes destas terras, pertenciam ao suíço Jacob Kuster. Até esta data não havia nada ao redor da estação, a não ser, a casa do  agente de estação, que estava inacabada.  Nos jornais mais antigas, dizia que tinha um hotel neste local, provavelmente de madeira. No registros de jornais, Bellarmino fala que comprou estas terras. Um dos filhos de Jacob, o João dizia “ Ele ganhou estas terras”. O sócio do Bellarmino era um grande politico do sul , Aguilar de Freitas, que foi prefeito em Castelo e Muniz Freire, como ajudou a emancipar estes municípios. Na visita do presidente da República Nilo Peçanha em 1910, Aguilar coordenou a viagem no Espirito Santo. Tinha boas relações com a família do Jeronimo Monteiro. Talvez isto facilitou a compra ou mesmo ter ganhado. Abaixo  Propagandas Diário da Manhã 15/01/1916.
 


Reportagem sobre Marechal Floriano, onde Bellarmino Pinto Coelho conta um pouco da sua história na vila. Diário da Manhã 23/12/1916. Pela reportagem Bellarmino  investiu muito dinheiro, sua casa comercial tinha uma venda anual de 1.200 contos. Construiu hotel, casas de moradias, serviço elétrico. A igreja católica foi construída em menos 10 meses. O desenvolvimento foi tão grande que Marechal tinha um projeto de emancipação.




Abaixo Propagandas Diário da     Manhã  15/01/1916.
        




                                          

                                           Emancipação da vila

Meu tio Emílio Gustavo Hülle narrou uma história contada pelo seu sogro Vitto Travaglia. “ Em 1916  Salloker estava descontente  com alguns políticos de  Campinho.  Seu amigo Bellarmino Pinto Coelho , comerciante na Vila de Marechal Floriano, aproveitou o ensejo e pediu a Salloker para   negociar com  o governador Marcondes Alves de Souza  e o deputado federal   Jerônimo Monteiro,  para criar um novo município”.  Na inauguração da capela católica de Marechal  Floriano, teve uma grande festa, com  a participação de políticos da capital.  A festa aconteceu  em 16 de dezembro. Bellarmino  além de comerciante, era político. Seu sócio Aguilar de Freitas , político influente da região Sul do estado. Aguilar  participou da emancipação de Castelo e Muniz  Freire. Voltando a festa da capela, foram  inauguradas;  a rua principal da vila, com o nome de Jerônimo Monteiro, hoje avenida Kennedy, a praça da estação com  nome de Dom  Fernando Monteiro,  irmão do Jerônimo , que  tinha falecido recentemente. Hoje esta praça  é   a José Henrique  Pereira. No  Jornal Diário da Manha de 27/12/1916, saiu uma matéria sobre  este assunto. Ver  ao lado. Porém nada deu certo. Na virada do ano, Bellarmino desfez sua sociedade com  Freitas.   José Henrique Pereira, negociante de Melgaço  compra  todo o patrimônio  do Bellarmino. A partir de 1917, a vila de Marechal Floriano passa a ter um  novo líder político, Coronel José Henrique Pereira. Por fim,  a morte de Salloker em 1917 , que  comoveu o Palácio Anchieta, inclusive  o deputado Federal Jerônimo Monteiro.    
                                                     Histórias

Ao redor da estação as casas foram construídas entre 1913 a 1915 pelo comerciante Belarmino Pinto Coelho. Depois  veio José Henrique  Pereira, onde fez outras mais. A estação de 1900, a casa do agente iniciada  em 1898, concluída em 1910 pelo ingleses. O  sobrado dos Endlich de 1890, reformado em 1910. Entre todas casas da vila, tem uma que chama  atenção. Esta casa ainda existe hoje, sendo proprietário Lucio  Pereira, Foi  moradia do Belarmino. Um fato curioso, de sua casa o comerciante  caminhava através de portas internas,  até chegar no hotel. Eram várias portas, sendo que haviam duas residências entre o comércio e o hotel. Uma ocasião perguntei a Ondina Pereira ( Nonoca) que  residiu nesta casa por mais de nove anos, a respeito destas passagens. Segundo ela existia, mas seu pai lacrou a porta do armazém. Sobre  este fato dizia ela, que um dos motivos “ Belarmino tinha muitos inimigos”. A direita a casa do Lucio Pereira – 2009. O Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, datado de 20/04/1915. Bellarmino comunica  as pessoas que fizeram transações, com uma empresa  com três sócios, Bellarmino, Pinto, José Kill, negociante em Marechal, sócio da Endlich e CIA e João M. Wolf, mas que não conseguiram  organizar a sociedade, para exploração de comércio em grosso e varejo, na estação de Marechal Floriano.. Ficando a responsabilidade  para o Bellarmino.

             José Henrique Pereira

Em 1916 Aguilar de Freitas retira-se da sociedade com Bellarmino Pinto. Em 1917  José Henrique Pereira compra todo o patrimônio de Bellarmino Pinto. A partir de 1922 já era um negociante renomado do município de Santa Isabel. Foi vereador e prefeito. Construiu mais casas ao redor da estação. José veio de  Melgaço, onde tinha  comércio. Nasceu em Pedra Branca em 17 de abril de 1876.Casou-se com Luiza Maria Kumm Pereira.  No governo de Getúlio Vargas ganhou patente de Coronel. José Henrique faleceu em 17 de outubro de 1967. Está sepultado no cemitério católico de Marechal Floriano. Abaixo da esquerda para direta recorte Diário da Manhã Setembro/1916 e foto de José Henrique Pereira.



Na  política  participou de várias obras no município de Santa Isabel. Em 1924 era presidente da câmara. Abaixo  1929 foi prefeito interino e em 1928 vereador .


                         Nestas fotos podemos ver o patrimônio de José Henrique Pereira. 


Aqui podemos ver  Ativo de José Henrique Pereira em 11 de dezembro de 1928

Dinheiro em caixa 1.838.400
16 burros arreados    9.600.000
Conta corrente 165.440,680
Estoque de café      20.000,00
Devedores    43.652,440
Valores em Réis

Contador Olympio Duarte e José Ribeiro de Souza. Fonte: Livro de contadoria.  Pesquisei no livro, pertencendo ao seu neto José Carlos Pereira    (Cacau) - 2006. Abaixo Foto do casamento de sua filha Lucy Pereira com o militar Waldemar Coelho, em Em 30 de maio de 1935. Fotógrafo Alfredo Mazzei.v. Foto: Acervo Oberdan José Pereira.


O seu comércio  cresceu  de uma forma, que teve que contratar um contador.  Na ocasião contratou  Joaquim Thevenard, um dos famosos do Espírito Santo. Joaquim faleceu em Marechal Floriano em novembro de 1927. Abaixo da esquerda para direita  a antiga residência em que morou Thevenard, Diário da Manhã 22/11/1927.

                                                                             Quebra da bolsa em 1929.

O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão,  quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, caíram drasticamente, e tornou-se notícia conhecido como Terça-Feira Negra. No Brasil os comerciantes de café foram a  bancarrota. Na vila de Marechal Floriano não foi diferente, todos tiveram enormes prejuízos. Ondina Pereira (Nonoca) contou que seu pai recebeu no dia seguinte um telegrama de um amigo que residia no Rio de janeiro, onde constava “ José pare de comprar café que o mundo quebrou”. José espalhou a noticia, porém muitos não acreditaram e continuaram a comprar. Segundo Ondina seu pai teve que vender terras para cumprir contratos. A direita partes do discurso do Governador Aristeu Borges de Aguiar , relatando a situação do café no Espírito Santo - 1929 .


Continua [ ... ]



sexta-feira, 5 de abril de 2024

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: I / VI

 O comércio de Marechal Floriano começou em 1882, pelo imigrante suíço naturalizado brasileiro, Adolpho Kuster. Conforme informações do meu tio Emílio Gustavo Hülle, este estabelecimento ficava  na estrada de Batatal . Seu principal negocio, era  a compra de café, mas tinha secos e molhados. Nesta época   tudo era muito difícil, já que as mercadorias tinham que ser transportadas por tropas de animais. Tudo vinha da capital, Vitória. Grande parte do trajeto era montanhoso. Uma tropa levava em media dois dias ate chegar na Vila do Braço do Sul. Com a chegada da ferrovia em 1900, tudo ficou mais fácil. Com menos de três horas, a mercadoria chegava na vila. Utilizava-se pouco dinheiro. Havia uma troca, o negociante vendia fiado, o lavrador  pagava com venda da colheita. Quando a colheita não era boa, o lavrador endividava-se. Assim o colono tinha que pegar dinheiro emprestado. O negociante virava banqueiro. Estes empréstimos as vezes não se conseguia pagar. O lavrador tinha que vendar seu terreno, para sanar a dívida, onde passava a trabalhar de meeiro.  Imagem acima; O Jornal a Província do Espírito Santo de 27/11/1886, traz uma reportagem sobre os colono suíço Adolfo Kuster na época já despontava como grande produtor de café. Entre 1882 até 1970, a maioria dos comércios, eram de pequeno porte, na época conhecidos como vendeiros. No final do século XIX, o maior negociante foi Philipp Endlich, na vila do Braço do Sul. Com a crise do café e a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929, o comércio teve uma queda brutal. Em 1957 com início da construção da BR 31, hoje 262, o comércio voltou a tona, principalmente  na vila de Marechal Floriano. Como podemos ver foi uma ferrovia que deu impulso ao comércio desta região, no início do século XX. Depois uma rodovia, que fez principalmente a cidade Marechal Floriano, ser hoje  um grande centro comercial. Foto ao lado comercio de Philipp Endlich. Foto tirada  antes de 1910. Acervo Ercilia Travaglia.


Na região  tivemos fábricas, como a de tijolos, fundada em 1896, pelo imigrante suíço Jacob Kuster.  Na vila de Marechal Floriano, a maioria das antigas casas, inclusive e a primeira  igreja católica, foram   construídas com  tijolos provenientes  desta olaria, que ficava nas margens do Braço do Sul, na final da atual rua Dr. Arthur Gerhardt. Jacob  também foi primeiro carpinteiro, marceneiro e fabricante   de peças de madeiras, utilizadas  na antigas fabricas de farinhas, como roda d'água e polias. A altar da primeira igreja católica de Marechal, foi construído pelo Jacob. Os moinhos hidráulicos foram sem dúvidas as primeiras fábricas, onde produziam farinha de mandioca e fubá. Estes moinhos  também eram conhecidos com Quitungo, palavra que vem do Tupy, onde o historiador Roque Ribeiro diz que nome é originário de “Conta-se que escravos fugiam das fábricas de farinha dentro de cestos de farinha ao longo do rio que hoje leva o mesmo nome (rio Quitungo/ R.J)”. Em 1934 João Lübe Sobrinho construiu um galpão na Vila de Marechal, para fabricar vinho de laranja. Anexo o Jornal  Diário da Manhã de 04/08/1933. Reportagem sobre a fábrica de João Lübe Sobrinho. Comércio ambulante, geralmente vendia de tudo, mas o carro chefe eram joias. Um dos mais famosos foi Hamilton Linz, natural do Rio de Janeiro. Começou em Matilde em 1930. Veio para a vila de Marechal em 1940. Vendia roupas e sapatos. Generoso Mendes, natural de Cachoeiro do Itapemirim, especialista em joias. Ainda tinha seu Vicente, natural de Vitoria, vendia joias, sendo seu produto maior, cordão de ouro entrelaçado. Ferreiros, os mais antigos foram os germânicos Georg Balzer, Carl Gottlieb Dietze e Hermann Rudolf Hülle, chegaram na vila do Braço do Sul em 1860. Alfaiates, um dos mais antigos foi Johann Littig I, imigrante que chegou na Colônia de Santa Isabel em 1859, região de Sóido. Em 1896 mudou-se para a Vila do Braço do Sul, onde exerceu sua função até 1915. Na imagem ao lado Automóvel do Emílio Entringer alugado para transportar o vendedor Hamilton Linz – 1931. Comércio de Ercílio Pereira  em Ponto Alto.
                   Mercado
A partir de 1920 a estação virou uma espécie de mercado, os compradores vinham de Vitória no trem da manhã e voltava a tarde. Comprava de tudo, farinha de mandioca, laranja, aipim, avos, galinha, sendo que o mais procurado era o carvão vegetal. Tudo era negociado na plataforma da estação. Ondina Pereira que relatou esta história, dizia que era muito bom para a vila, já que toda semana entrava  dinheiro, e melhor ainda era para o seu pai que tinha o comércio ao lado, onde o povo ia comprar suas necessidades. Abaixo Foto de Marechal Floriano da década de 30. Antiga praça da Estação. Original pertence a Oberdan José Pereira.


 Negociante de Marechal Floriano 1882 até 1970

Adolpho Kuster

Nasceu em 01 de janeiro de 1852 em Diepoldsau , Suíça, filho de Johann Kuster e Bárbara Weder. Chegou na Colônia de Santa Isabel 1862, Braço do Sul . Foi o primeiro comerciante da Vila do Braço do Sul, na estrada do Batatal, em 1882. Em 18 de julho de 1874 casou  com Louise, nascida  na Colônia de Santa Isabel em 28 de novembro de 1852, filha de Miguel Trarbach e Elisabeth Mayer, falecida em 10 de maio de 1941. Adolpho em 14 de setembro de 1911. Em 10/02/1883, fez o juramente de naturalização.
                                                                           Jacob Kuster
Nasceu em 26 de janeiro de 1856 em Diepoldsau , Suíça, filho de Johann Kuster e Bárbara Weder. Chegou na Colônia de Santa Isabel 1862, Braço do Sul. Foi o marceneiro/carpinteiro da Vila do Braço do Sul. Em 20 de maio  de 1887 casou  com Maria Ana Hülle nascida na Colônia de Santa em 28 de fevereiro de 1867, filha de Hermann Rudolf Hülle e Bárbara Kiefer falecida em 27 de maio de 1956. Jacob em 02 de abril de 1942.

Abaixo  Detalhes de moveis construídos pelo Jacob. Cabeceira de uma cama e  guarda-roupa que esta na residência de Oberdan José Pereira, em Marechal Floriano.  Os móveis  pertenceram  a José  Henrique Pereira.
 


Philipp Endlich

Nasceu na Alemanha em 1844, filho de Johann Wendel e  Anna Marie Möher. Chegou na Colônia de Santa Isabel em 1859.  Em 09 de janeiro de 1868 casou com Anna Marie Degen, na Igreja Católica de Santa Isabel. Foi o primeiro presidente provisório da antiga colônia de Santa Isabel. Exerceu a função no período de 19 de dezembro de 1893 a 21 de abril de 1895. Para ser o Presidente provisório, Philipp teve que naturalizar brasileiro. Recebeu a carta de naturalização em 1883, conforme decreto nº 1950, datado de 12 de julho de 1871. Em 13 de julho de 1891 comprou do Sr. Manoel Gerhardt um lote dentro da Vila do Braço do Sul,  de número 252 que pertencia a Johann Grazskop. Construiu o comércio na antiga vila do Braço do Sul. Com o projeto de construir uma ferrovia, Philipp  mudou-se Santa Isabel  e comprou lotes ao lado da linha onde construiu seu comercio e casa de moradia. Em 1902 já era o maior comerciante do antigo município de Santa Isabel. Viajava constantemente para Europa. No dia 11 de junho de 1905, partiu do Porto de Vitoria, no navio Asuncion, da empresa Hamburg Südamerikanische sendo o comandante, H. Meyer, sendo o destino Hamburgo, fazendo escalas na Bahia, Lisboa e Leixões. Com Philipp estavam seus  filhos Manoel, José e Clara, João Endlich e Senhora e com os filhos José  e Frederico.Todos  embarcaram em 1ª classe, adquiridos pela empresa de passagem Zizen, Vitória.Seu amigo Jacob Kuster, viajou de 3ª classe. No retorno desta viagem, Philipp faleceu perto do porto de Lisboa. A familia ainda tentou sepulta-lo em Lisboa, mas não conseguiram. Após um tempo de viagem, seu corpo foi sepultado no Oceano Atlântico. Abaixo Foto de viagem: da esquerda para direita  Ferdinand Bernardo Müller e sua esposa, Anna Dietze,  Clara e seu pai Philipp Endlich . Conforme descrito no verso da foto , o fotógrafo foi Joh  Niclou, situado na König  Strasse 5,  Johannisgarten - Cheminitz – Alemanha 1898.


Com a morte de Philipp em 1905, sua esposa assumiu o comércio. Reformou o antigo sobrado em 1910. Na margem  esquerda do Rio Braço do Sul, próxima a ponte para pedestre, foi construído um novo comércio , exclusivo para sal, sendo o responsável seu filho mais novo Emilio. Este local mais tarde foi transformado em residência. Firma Endlich & CIA. Os irmãos Emilio e Manoel   fundaram uma empresa com nome de “Irmãos Endlich. Não sabemos a data inicial, mais em 1914 já existia. Conforme propaganda  ao lado. Posteriormente  entrou outro sócio, Manoel Kill Filho, sendo que a firma passou a chamar Endlich & CIA. Anna faleceu em 13 de abril de 1918. Foi sepultada no antigo cemitério de Marechal Floriano. No início do ano de 2000 a igreja católica de Marechal retirou parte do seu túmulo, onde consta nome e datas de nascimento e morte, e colocaram no museu da igreja. Com a saída de Manoel Endlich para região do Batatal, onde abriu um comércio. Seu irmão Adão foi para Rio Fundo e José já tinha um comércio em santa Isabel. Ficando a responsabilidade para o filho mais novo Emílio Endlich, e seu socio Manoel Kill Filho Em 1927 a firma pede falência conforme jornal Diário da Manhã de 28/10/1927; Foto Emílio Endlich.

Abaixo Jornal Diário da Manhã de 18/12/1927, com a relação dos credores, e de 24/04/1928, onde os sócios propõem em  pagar 30% da divida para continuar a empresa.
                          

Jornal Diário da Manhã de 23/12/1927, com a relação dos bens que vão a leilão.


Abaixo da esquerda para direita; Jornal Diário da Manhã de 23/12/1927, com a relação dos bens que vão a leilão. Jornal Diário da Manhã de 22/07/1928, reabilitação da firma Endlich. Mas em 1929, conforme o Jornal Diário da Manhã de 19/02/1929, Manoel Kill  deixa a empresa.

     
 
Na imagem a seguir. Planta do terreno que pertencia a Firma Endlich -  1926.


Jornal Diário da Manhã de 07/02/1928, onde Victor Travaglia e sua esposa Clara Endlich , propondo comprar imóveis da empresa falida. Clara e seu marido venderam um terreno que rodeava a capela católica  e sua residência, comprada pelo José Henrique Pereira, que mais tarde construiu sua nova morada, hoje pertencente ao seu neto Oberdan José Pereira.


 A partir de 1932 Victor Travaglia e sua esposa  passam comandar a empresa já com o nome de Comércio Victor Travaglia .Um dos seus caixeiros foi Emilio Gustavo Hülle que começou a trabalhar ainda na firma Endlich, em 1928. mais tarde comprou o comércio do seu sogro, com atividade em comprar café.  Parte de história foi narrada pelo próprio Emil Gustavo Hülle , e Maria de Lourdes Lübe, nora de Emil Endlich, casada com Alcides Endlich. Obs. Na cidade Marechal Floriano, tem uma rua com o nome de  Manoel Kill. Foi uma homenagem que Emilio Gustavo , fez em agradecimento, pois foi Manoel, mais conhecido como Duduca que ensinou os primeiros passos no comércio. Emilio Gustavo Hülle, Manoel e sua esposa  Maria Carolina  Reis - 1926. 
 


Continua [... ]



Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: II / VI

  E milio Endlich  ainda continuou com um comércio de sal  num comércio que tinha no lado esquerdo das margens do Rio Braço do Sul, que mais...