Índios criaram e portugueses incrementaram.
Chega a Semana Santa e em todo Brasil é a mesma coisa, cerimônias
religiosas recordam a morte e ressurreição de Jesus Cristo, as famílias
programam o que fazer no feriado e os “chocólatras” chegam ao paraíso
com tanta variedade a disposição. Mas existe uma tradição nesta data
cristã que é exclusivo do Espírito Santo. A Torta Capixaba. Pois saiba
que experimentá-la é literalmente devorar a história.
A Torta Capixaba é um prato tão presente na história do nosso Estado que
até Pero Vaz de Caminha comentou nas cartas sobre o hábito dos índios
de comerem uma mistura de frutos do mar com palmito. Segundo o
historiador Adilson Vilaça, a mistura indígena não era a torta como
conhecemos agora, mas com certeza foi o que podemos chamar de “tataravô”
da atual.
É somente por volta do século IX que a torta como conhecemos começa a
tomar forma. Os portugueses já tinham o hábito de comer frutos do mar e
com a forte influência que a igreja católica possuía sobre o povo
lusitano, o hábito de não comer carne na Semana Santa era seguido à
risca. Foi nessa época que os portugueses tiveram a ideia de acrescentar
o marisco e o bacalhau à mistura feita pelos índios. Nascia a Torta
Capixaba.
E como filha da terra, a torta permaneceu no Estado e se tornou, junto
com a moqueca, um dos pratos típicos mais famosos do Estado. Como a cultura de saborear tortas não é algo
natural ao cotidiano do brasileiro, a Torta Capixaba é uma das únicas
tortas com características brasileiras no país. Ela representa a junção
dos colonizadores portugueses com os brasileiros.
FONTE = NET
GIOVANA CRISTINA SCHNEIDER
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