quinta-feira, 15 de setembro de 2016

SEM ÁGUA...


Se nada for feito? 
Estamos caminhando para o Fim...
UM TRISTE FIM. 


O agrônomo e pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), especialista em questões amazônicas, Antônio Donato Nobre, é enfático ao dizer que o desmatamento, inclusive o permitido por lei, deve cessar imediatamente.
Atribui a falta d´água e as secas prolongadas à supressão das florestas, especialmente, a amazônica. “A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo a proteção das florestas e plantando árvores em sua propriedade”, afirma.
No estudo, “O Futuro Climático da Amazônia”, recentemente divulgado, assegura que a mudança climática não é mais uma previsão científica e sim uma dura realidade. Que “estamos indo para o matadouro”.
Em quatro décadas, desmatou-se na Amazônia o equivalente a três estados de São Paulo ou 184 milhões de campos de futebol, na proporção de quase um campo para cada brasileiro. A área desmatada corresponde a uma estrada com 2 km de largura, da Terra até a Lua e isso sem falar na degradação florestal. Foram cortadas, segundo ele, 42 bilhões de árvores, 3 milhões por dia, 2.000 por minuto. Quem percebe nitidamente a falta das árvores é o clima que se transformou em um juiz rigoroso, que conta as árvores derrubadas, que não esquece e nem perdoa.


Os céticos fizeram com que os governos não acreditassem no aquecimento global. O resultado foi o aumento das emissões fazendo com que o clima no planeta, conforme fora previsto, entrasse em colapso e bem mais rápido do que se pensava.
No arco do desmatamento, o clima já mudou. A duração da estação seca aumenta ano após ano e o volume das chuvas diminui. Os agricultores do Mato Grosso foram obrigados a adiar o plantio de soja porque não choveu. A cada ano, na região leste e sul da Amazônia, isso se verifica. A seca de 2005 foi a maior em cem anos, a de 2010, maior que a de 2005. O efeito sobre a Amazônia é um fato, as secas maiores maiores a cada ano.
O fenômeno é mundial e tem a ver com o que se faz no planeta, especialmente com a destruição das florestas. Não é só o CO2 que sai, mas a falta da floresta destrói o sistema de condicionamento climático local.
Para Nobre, ela é uma espécie de seguro, um sistema de proteção. Não se sentiu antes os efeitos dos 500 anos de destruição da Mata Atlântica, porque existia a Floresta Amazônica. A sombra úmida da Amazônia não deixava perceber os efeitos da destruição da mata local.
Compara a Amazônia a um tapete tecnológico. A floresta é abundante em seres vivos e qualquer um deles supera toda a tecnologia humana somada. O tapete tecnológico da Amazônia é formado pela fantástica somatória dos seres vivos nela existentes e que operam no nível dos átomos e moléculas, regulando o fluxo de energia e controlando o clima.
A Amazônia transporta a umidade continente adentro. O oceano é fonte de toda a água. Ao evaporar deixa o sal no oceano. O vento empurra o vapor gerado para dentro do continente. Na América do Sul, atinge 3.000 km na direção dos Andes e carrega umidade graças às árvores que ele chama de ‘gêiseres’ da floresta.
Explica que, uma árvore com dez metros de raio de copa libera pela transpiração, mais de mil litros de água por dia. Numa estimativa, da bacia Amazônica, que tem 5,5 milhões de Km², os ‘gêiseres de madeira’ transpiram cerca de 20 bilhões de toneladas de água diariamente. Esse fluxo de vapor é maior que o próprio rio Amazonas. O ar segue continente adentro recebendo o vapor da transpiração das árvores e se mantém úmido, com capacidade de fazer chover. Essa é uma das principais características das florestas. É o que hoje faz falta em São Paulo, porque acabaram com a floresta local, a Mata Atlântica.
Na Amazônia chove muito e o ar é limpo tal qual nos oceanos onde chove pouco. As essências das árvores sobem para a atmosfera e com radiação solar e vapor d’água, reagem com o oxigênio precipitando uma poeira finíssima que atrai umidade. É um nucleador de nuvens. Quando chove, a poeira é lavada, mas como tem mais gás, o sistema se mantém.
A floresta funciona como um ar-condicionado produzindo um rio amazônico de vapor. A maciça formação de nuvens baixa a pressão atmosférica e puxa o ar que está sobre o oceano para dentro da floresta, como uma espécie de bomba biótica de umidade, uma correia transportadora.
Na região as árvores são antigas e têm raízes que buscam água a mais de 20 metros no lençol freático. A floresta está ligada a um oceano de água doce embaixo dela, quando chove, a água se infiltra pela esponja de raízes abastecendo o aquífero.
Diz que estamos localizados em um quadrilátero que chama da ‘sorte’. Vai de Cuiabá a Buenos Aires no Sul, de São Paulo aos Andes e concentra 70% do PIB da América do Sul. Na mesma latitude estão os desertos do Atacama, o Kalahari, o deserto da Namíbia e o da Austrália. A região deveria ser um deserto. Mas não é. É irrigada e úmida e isso se deve a Amazônia que exporta umidade. Durante vários meses do ano a umidade chega através de ‘rios aéreos’ transportando o vapor que é a fonte da chuva do quadrilátero.
“Onde tem floresta não tem furacão nem tornado”, diz. A floresta promove a regularização do clima, atenua os excessos e impede os eventos destrutivos.
Considera que parar o desmate, apesar de fundamental, não resolve mais. A solução agora é fazer um esforço de guerra, zerar o desmatamento, replantar florestas e refazer os ecossistemas.
Que paralelo pode ser feito com o futuro em Itapoá?
Distante da Amazônia está próxima a São Paulo que, como ressalta Antônio Nobre, presenciou, incredulamente, seus reservatórios secarem e a cidade ser tomada por carros-pipas transportando água para a população.
Aqui o problema não é escassez. É de captação em volume suficiente para atender o acréscimo da demanda no verão. A solução apontada está na construção de novas estações e na ampliação da rede de distribuição.
Ao contrário de São Paulo, existem remanescentes significativos de florestas de planície costeira, Mata Atlântica em bom estado de conservação. E árvores, muitas árvores. Aqui tem as árvores que faltam em São Paulo e que, como na Amazônia, estão sendo gradativamente suprimidas. Essas árvores não podem e nem devem ser eliminadas, principalmente as localizadas nos mananciais e nas margens dos rios. Elas são a garantia do futuro.
Não obstante, as árvores de Itapoá estão sendo derrubadas, uma após a outra, para dar lugar a um desenvolvimento estruturado no crescimento econômico. Essa realidade precisa mudar. Há que se ter equilíbrio e para isso, responsabilidade. Politicas públicas para estímulo da conservação da vegetação nativa, principalmente das árvores das matas ciliares dos rios, como o Saí-Mirim e seus afluentes, manancial de abastecimento d’água para a população.
São Paulo é um alerta incontestável!
Disse o médico e filósofo Albert Schweitzer no século passado: “o ser humano perdeu a capacidade de prever e prevenir, ele acabará destruindo a Terra”.
Quem viver verá…
Fonte: Pesquisado na Net 


Este é o #RioBraçoDoSul em Marechal Floriano/ES. 
o COITADO, nem respirando mais está...
Ele pede SOCORRO :( 

Giovana Cristina Schneider 

3 comentários:

Ana Bailune disse...

Muito importante!
Partilhando.

Isa Sá disse...

O homem constrói e destrói...


Isabel Sá
Brilhos da Moda

Maria Teresa Valente disse...

É muito triste
o que estamos vivendo e,
por mais que se fale,
parece que ninguém nos ouve...
Só mesmo Deus, para ter
compaixão de nós,
mandando chuva,
antes que entremos em colapso!
Não só os desmatamentos como as queimadas, como forma de destruir a mata, para ganharem mais com a terra!
Felizes dias, abraços carinhosos
Maria Teresa

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