terça-feira, 7 de maio de 2024

Historias do Comércio - Indústria e Serviços de Marechal Floriano Part.: IV / VI


         Guilherme Eduardo Littig – Willy

Nasceu em 16 de outubro de 1908, em Boa Esperança, filho de Peter Littig e  Margareth Hoffmann. Estudou no colégio de Santa Maria, com o professor Nicolau Kröhling. Casou-se em 27 de dezembro de 1930, com Emilie Huwer. Ficou viúvo, em 1933 mudou-se para Marechal Floriano. Comprou uma casa no centro, do Sr. Mathias Felippe Klein. Em 25 de maio de 1940 casou com a filha do Emil Oscar  Hülle , Charlotte Joanna Hülle.  Foi comerciante, principalmente na compra de café. A partir de 1945 começou  a comercializar madeira. Comprava e vendia dormentes para a Estrada de Ferro Leopoldina e Central do Brasil. Tinha várias tropas de burros para transportar dormentes. Sebastião Siqueira e Oscar Schunck foram pessoas que trabalhavam  nas tropas. Era apaixonado por cinema. Em 1962 arrendou duas máquinas de projeção, de propriedade do Sr. Avides Targuetta. Alugou um antigo comércio que pertencia a família Pereira, que já funcionava como cinema. Projetou filmes até o ano de 1967. Com a televisão, o cinema foi desativado. Na política  foi  Integralista  ( camisa verde).  Mais tarde  foi   filiado a UDN ( União Democrática Nacional). Faleceu em Vitória no dia 16 de março de 1972, com 63 anos e 05 meses. Está sepultado no cemitério de Campinho. Wilhelm  foi comerciante na Vila de Marechal Floriano, entre 1932 até 1964. Abaixo no Documento, uma nota fiscal datada de 14 de abril de 1948, tirada em nome de Jacob Klippel. E foto de Guilherme Eduardo Littig - Willy.


                      Selso Stein

Nasceu em 25 de outubro de 1924 em Sóido, filho de Aureliano Stein e Luiza Catharina Tesch. Muito jovem foi para Campinho trabalhar no comercio de João Batista Wernersbach. Em 29 de junho de 1951 casou na igreja católica de Campinho com Paulina Koelher, nascida em 13 de fevereiro de 1932, filha de Germano Philipp e Olga Elizabeth Gerhardt. Em 1950 com ajuda do patrão alugou  na Vila um pequeno comércio que pertencia a João Kuster. Ao chegar em Marechal percebeu que todos os comerciantes eram antigetulista, inclusive ele.  Mas  quem tinha condições de comprar eram os ferroviários  e empregados do  estado e federal, e esses eram getulistas.  Celso era UDN,  já que seu antigo patrão pertencia a União Democrática Nacional. Foi para o PTB , partido do Getúlio. Seu comércio prosperou contendo uma grande variação de mercadorias. Comprou uma balança Filizola , último modelo. Geladeira onde vendia um picolé de leite  que custava hum cruzeiro, e vinha embrulhado no papel  manteiga,  conhecido com beijo frio. Em 1958 seu comércio era ao mais movimentado da vila.  Em 1960 inaugurou seu novo comércio na rua principal, um sobrado  com moradia. Mais tarde ainda construiu o segundo. Católico fervoroso, quem passasse em frente ao seu comércio as 11:horas, lá estava sintonizado  ouvindo a radio Aparecida na voz do padre Vitor  Coelho. Faleceu em 08 setembro de 2009. A esquerda acima foto de Celso e sua esposa  Paulina. Abaixo foto de 1958 do seu comércio, ao lado de uma caminhonete  do Helmuthe  Kuster  e seus dois filhos gêmeos Paulo e Mauro. Na frente do  comércio acima das portas tem uma propaganda política da eleição de 1958, do Carlos Lindenberg, que  venceu a eleição para governador, partido do PSD.


   Paulina  Koelher Stein

Nascida em 13 de fevereiro de 1932, filha de Germano Philipp e Olga Elizabeth Gerhardt.  Foi pioneira em Marechal, sendo a primeira mulher a abrir um comércio. Vendia armarinho, roupas feitas, utensílio de casa, joias e outras coisas. Seu maior negócio era trazer novidades de São Paulo. Constantemente  viajava, quando chegava era aquela correria, a procura de coisas novas. Um dos produtos que mais vendia, eram os famosos relógios  japoneses da marca SEIKO.  Vendia fiado, para pagar em até em três vezes, que na época, poucos negociante tinham coragem de vender fiado, principalmente relógio. Este local nos anos setenta, virou comércio de secos e molhados, administrado pelo seu filho Paulo ( Gordo). Paulina faleceu em 09 de maio de 2022, sepultada no cemitério católico Marechal Floriano. Abaixo Foto dos anos setenta, no fundo o prédio verde, onde funcionou o comércio de Paulina Stein. Foto: Acervo Jair Littig.


                                      Roberto Brabo Saletto

No final da década de sessenta comprou um sitio em Marechal Floriano, que pertencia  a família do interventor  Moacir Ubirajara Moreira da Silva. Na época era casado com Marinete Peixinho. Reformou o local deu o nome de Granja Romari, em homenagem  as inicias de seu nome e de sua esposa. Com seu sócio Pedro de Faria Burnier, Otaviano santos, Antonio de Oliveira e paulino Blanc de Dios, fizeram grandes investimentos na avicultura, construindo um incubatório para produção de pintos de um dia ( corte e postura). Construiu aviários para corte, e de produção de avos, e fabrica de ração . Na produção de pintos de um dia, introduziu no incubatório de Marechal a raça poedeira  Hay-Line, líder mundial em produção e vacinação contra doença de Mareck, tornando o estado do Espírito Santo um grande produtor de aves. Saletto como era conhecido nasceu em 05 de maio de 1917, em  Cachoeiro do Itapemirim , filho de imigrante italiano, seu pai Augusto Saletto, sua mãe Manuela Brabo, espanhola. Foi casado com Dulce Prado, onde teve duas filhas. Faleceu no Rio de Janeiro, no hospital São José, em 27 de outubro de 1973,  com 56 anos, sepultado em Vitória.

                                Açougues

Conforme relatos de antigos moradores, o abate de animal era feito de forma inadequada. Abatia-se em fundos de casa, na beira do rio e córregos. A situação melhorou foi quando a prefeitura de Domingos Martins lançou um edital de 1936, para construir uma local e venda  da carne. A direita consta uma parte  deste edital, que foi divulgada no  Diário da Manhã de 16/04/1936. Um dos primeiro local de venda foi num antigo barracão  que foi construía para uma fabrica de vinho pelo João Lübe, administrado pelo João Barreto. Olympio Schunck foi o que mais tempo ficou exercendo esta função. Tinha seu próprio abatedouro, como também o local da venda, situada na antiga estrada , hoje BR 262. Com a construção da rodovia mudou para o centro, mas continuo abatendo até os anos oitenta. Em 1959 o prefeito Paulo Lorenzoni construí um novo açougue, situado na Praça José Henrique Pereira, o abatedouro a beira do rio Braço do Sul, administrado por Ormindo Endlich, mais tarde Benjamin Pagung. Nos anos noventa o local foi demolido, pois pertencia a família Nalesso. Abaixo da esquerda para direita Ormindo Endlich, Benjamin Pagung e  Olympio Schunck.

        
                                                             
                                                                  Açougues/Bar

Em 1969 meu pai Guilherme Eduardo Littig (Willy), vendeu parte do terreno para seu Olímpio Pereira. Na parte da frente construiu um ponto de comércio, para explorar e bar e açougue. Na ocasião Alemão Stein,  rendou o local e abriu um açougue e   bar. Mais tarde Paulinho José Ambrosine. Em 1973 seu Macionílio Vargas comprou o local, onde deu continuidade  com o bar e açougue. Foto a direita era da época do Alemão Stein.

                 Augusto  Henrique Hülle

Nasceu em  31 de dezembro de 1909, em Rio Fundo, filho de Emílio óscar Hülle e Catharina Schneider. Foi lavrador, trabalhando com café e farinha. Em 14 de março de 1933 registro um alvará para comercializar carne na Vila de Marechal Floriano. Em 1936 comprou um terreno na Boa Vista, município de Domingos Martins, onde cultivava café. Casou-se com Frida Ruph, em 14 de dezembro de 1935. A partir de 1950 foi comerciante em Marechal Floriano até aposentar em 1974. Augusto faleceu no dia 14 de fevereiro de 2002.

                                 Altevir Antonio Wassem

Nasceu em 25 de novembro de 1936, filho de Paulo Wassem e Ana Regina Borgo. Em 12 de maio de 1962, casou com Jandira Denadai, nascida em 28 de abril de 1939, filha de Alcino Denadai e Artemiza Savignon. Com a idade de 22 anos, herdou o comércio de seu pai, foi um dos primeiros comerciantes de Marechal, com mais de 60 anos de atividade. Faleceu em 18/05/2018 Foto Internet do comércio de Altevir.

                           Alcino Denadai

Nasceu em 08 de setembro de 1914,  em Batatal, município de Alfredo Chaves. Mais conhecido com Tato, veio para Marechal em  meadas dos anos cinquenta. Teve um comércio na rua Vitor Travaglia. Além de comerciante tinha um caminhão de frete. Candidatou-se a vereador pela vila de Marechal, mas não conseguiu eleger. Faleceu em 05 de fevereiro de 1994.

            História do Restaurante Ponto Frio

Em 1960 a ponte  sobre o rio Braço do Sul, foi concluída. Na ocasião era uma obra para atender a construção da antiga BR 31, hoje 262. A partir de maio de 1962 com início das obras pela Cia. Baiana, abriu a estrada e começou nos finais de semana, naturalmente no verão, as pessoas ir tomar banho ao redor da ponta, já que havia abaixo um remanso e acima uma cachoeira. Nos anos cinquenta e sessenta, poucas famílias frequentavam as praias de Guarapari. Nos domingos era uma multidão tomando banho na antiga ponte. Usavam-se muito câmara de   ar de pneus. Porém a ponte de cimento da BR ficou mais atrativa. Conforme conversa que tive com Ary Ribeiro, foi dele que saiu o nome do Ponto Frio. Virou uma febre. Em 1964 o asfalto chega em Marechal. Neste mesmo ano começa o trabalho pela Construtora Queiroz Galvão fazendo o trecho de Marechal até Vitor Hugo. Além do asfalto, a empresa teve que refazer cortes e outras obras de arte. Neste período Waldemiro Entringer, um descendente de emigrantes luxemburgueses, nascido em  12 de janeiro de 1922, filho de Emilio Entringer e com Maria Wassem. Seu pai foi a primeira pessoa a possuir veículo na vila de Marechal Floriano. Emílio adquiriu em 28/05/1917  o terreno que hoje esta o restaurante, por 245$240 réis ( duzentos e quarenta cinco mil e duzentos quarenta réis), do Emilio Endlich. Waldemiro antes de ser negociante foi vendedor de flores.   Casou no cartório  de Guarapari em 27 de junho de 1953, com Elza Simões Pádua, nascida  em 06 de setembro de 1933, filha de Eugênio de Oliveira  Pádua e Ana Simões. Para atender uma grande demanda de refeições,  principalmente  da empresa Queiroz Galvão, o comércio do casal expandiu, tornando-se referência nacional. Hoje são mais de sessenta anos que este estabelecimento  continua em atividade. Época quando  começou, a vila de  Marechal Floriano, dava os  primeiros  passos, para chegar o que hoje. Waldemiro faleceu em 01 de abril de 2012, sua esposa em 27 de novembro de 2020. Na imagem acima Planta do terreno de Emilio Entringer Fonte: APEES. 



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