terça-feira, 25 de junho de 2024

Registros antigos de Marechal Floriano Jair Littig Part.: III / IV

 Francisco Kaniski e  Peyneau  (Araguaia)

Casamento realizado na igreja católica de Santa Isabel em 30/12/1899. na época Francisco tinha 23 anos, filho de João e Albertine, nascido na região da Cracóvia. Maria nasceu em na Colônia de Santa Isabel em 24/04/1879, filho do imigrante francês Eduard Peyneau e Joanna Maria da Conceição. Francisco faleceu em 16 de julho de 1952, sepultado no cemitério de São João do Jaboti.  Foto acervo Cesar Ronchi.


Casamento de Arnaldo Schneider e Hilária Barcelos  ( Soído)
Arnaldo nasceu em 31 de maio de 1919, filho de Philipp Schneider e Amalia Littig. Em 29 de novembro de 1940 casa com Hilária  Barcelos, nascida em 13 de janeiro de 1919, filha de Joseph Barcelos e Mathilde Walther. Arnaldo faleceu em 26 de abril 1992, sua esposa em 24 de junho de 1999.  Casamento realizado em Boa Esperança. Acervo Jair Littig 

                Leontina Ramos Pereira 

Nasceu  em 04 de maio de 1920, em Melgaço, filha de Joanna Ramos Pereira, neta por parte de mãe Francisco Ramos Pereira e  Felisberta (Bertha)  Krijger, imigrante holandesa que chegou na colônia de Santa Leopoldina em 1861. Francisco Ramos casou na igreja luterana de Califórnia em 15/04/1887. Era filho de Antonio Ramos e Joanna Maria Ramos. Bertha nasceu  em Santa Leopoldina em 1863,  filha de Johannes Pieter Krijger, nascido na Holanda, região de Zeeland província de  Zeeuwsch-Vlaanderen, distrito de  Groede, filho de Johannes e Elisabeth Schulz. Pieter em  27 de julho de 1862, casou na igreja luterana de Luxemburgo ( santa Leopoldina) com Francina Lampier nascida  em 28 de novembro de 1845, na Holanda, filha de Jozias Lampier  e Pietmella Sara Van Ouwerkerk . Leontina em 22/09/1946 casou na capela católica do Penna, com Francisco Marques, nascido  em 23 de dezembro de 1917, filho de José Ferreira filho( Marx) e Ana Maria da Conceição. Francisco faleceu em 21 de janeiro de 1998.Leontina tinha uma tia, Maria Ramos Pereira, nascida em 05/04/1891, que residiu em Marechal até os anos sessenta. Era benzedeira. Em maio de 2020 Leontina completou cem anos de vida. A foto do lado foi tirada em 04/12/2018, costurando um tapete. Dona Leontina chegou a completar 104 anos, partiu no Dia das Mães em 12/05/2024.

Barbeiros

Na década de cinquenta e sessenta , Marechal tinha três barbeiros com o nome de João.

João Schneider

Filho de Michael  e Anna Koelher, nascido em 19 de fevereiro de 1914. João faleceu em 25 de julho de 1990. Além de barbeiro era construtor de casas.


          João Batista

Natural do nordeste do Brasil. Resida em Costa Pereira. Aos sábados  cortava cabelo  no antigo sobrado  da família Endlich. A direta Máquina  manual de cortar cabelo utilizada na época.

         João Nalesso


Nasceu 15/12/1908, em Batatal , filho de imigrante italiano . Cortava cabelo  numa casa que pertenceu ao  José Taquetti. Além de barbeiro, foi funcionário da prefeitura. Faleceu em  23/01/1985.


Jarbas Bittencourt Vieira Machado nasceu em 05 de junho de 1921 em Nova Almeida, filho de José da Rosa Vieira Machado e Isbella Bittencourt Vieira Machado. Em 06 de fevereiro de 1947 casou no cartorio de Vitoria com Altair Oliveira Bittencourt nascida em 30/08/1924,em Vargem Alta, filha de Alberto de Carvalho Bittencourte e Odette Oliveira Bittencourt. Trabalhou como radiotelegrafista no Lóide Aéreo Nacional. No início dos anos sessenta comprou uma casa na vila de Marechal Floriano, no bairro conhecido com rua do Sapo. Flamenguista de coração. Em 27/09/1998 foi inaugurada a casa de idosos conhecida com Sou Feliz, idealizada pelo casal, uma das grandes obras voltada para o ser humano. Jarbas faleceu em 28/04/2003, sua esposa em 22/02/2017. Hoje aquele bairro que era conhecido como Rua do Sapo, passou a denominar bairro Jarbinhas, em homenagem ao Jarbas Bittencourt Vieira Machado. Abaixo  Casa Sou feliz -  novembro de 1997, Acervo Jair Littig.


Policarpo Puppina

Nasceu em 25/01/1906, no Ribeirão do Christo, município de Alfredo Chaves, filho do imigrante italiano Giovanni Antonio Puppin e Emília Bressan. Em Janeiro de 1926 casou com a professora Maria Vello, nascida em 15/09/1888, filha do imigrante italiano Gaetano Vello e da viúva Maria Bianchini . No início dos anos cinquenta mudou-se para a vila de Marechal. Foi ferreiro, subdelegado e  delegado do município de Domingos Martins. Apaixonado por futebol e carnaval. Policarpo faleceu em 15/03/2004 e sua esposa em 03/04/1981.

João Antonio Pereira ( João Pereira)

Nasceu em 15/11/1892, filho de Francisco Antonio Pereira e Maria Porciúncula de Jesus Barcelos. Em 11 de dezembro de 1915, com 26 anos, casou na capela católica do Tirol, com Clara Lyra Caminha, de 15 anos, filha de Manoel Ferreira Caminha e Rita Maria Lyra. João foi batizado em Benevente. sua esposa nasceu  em 11/07/1900. João Pereira com era conhecido em Marechal. Viajava com sua pequena tropa até Piúma, para comprar peixe salgado. João Pereira pau que amarga e flor que cheira, assim seu João com seu carrinho de mão, vendia nas ruas de Marechal, carne de porco embrulhada  na folha de bananeira.

                                     Parteiras

   
  Elizabeth Catelan
 
Esposa de José Taquetti. Conhecida como D. Berta, filha do imigrante italiano Giacinto Catelan e Luigia Destefani. Berta nasceu em 11/09/1898. seu esposo em 10/06/1895.


Maria Marculan Siqueira 

Nascida em 05 de março de 1900. Casada com Sebastião Siqueira.  Maria  faleceu em 01 de agosto de 1980.

Maria Fausta Simões 

Nascida em 03 de novembro de 1911, filha de Horácio Simões e Silvia de Oliveira. Fausta faleceu em 11 de fevereiro de 2004. Casada com Hercílio Pereira



Carlo  Ferdinando Francesco Regianni faleceu em 23/08/1927, em Araguaia. Nasceu em 3/9/1852. Casou em 12/12/1875, Filho do militar Celeste Reggiani nascido em 1818 e Carlotta Carciola nascida em Abril de 1830 e falecida em 1900,Celeste Reggiani faleceu em 18/1/1892 em Mirandola Palma Tadea faleceu em Marechal Floriano em 03/12/1958 na residência de seu filho Ítalo.  A casa situava onde hoje é o trevo de quem vem de Vitória. Nasceu em 31/03/1860. Era filha de Enrico Reggiani e Ippolita Forafan. Abaixo da esquerda para direita Gracinda Taquetti 15/09/1914; Paulino 30/08/1910 e filhos do italiano  Fortunato Taquete. Residentes em Rio Fundo. Acervo Jair Littig. 



João Pedro Schneider

Nasceu em31 /01/1922, filho de Antonio Marcelino Schneider e Eliza Merscher. Em  22 de maio de 1948, casou na igreja católica de Santa Isabel, com Ida Pinto nascida em 31/03/1928,, filha de João Vitorino Pinto e Cecília Effgen. João foi por muitos anos comprador de hortaliças , para ser vendidas em Vitória. As mercadorias eram despachadas n trem mixto da 13:40. Na estação de Paul, eram  embarcadas em canoas, para levar a até a Vila Rubim. No dia seguinte, ainda de madrugadas, tudo era comercializado. As dez horas , retornavam para Marechal, no noturno. João Pedro faleceu em 27/04/1994, sua esposa em 04/061993.

Olympio José da Penha

Mais conhecido como Olympio Guarda-chaves nasceu em13/10/1908. filho Francisco José da Penha  de Henriqueta Augustinho de Oliveira. Em 15/09/1934 casou na igreja católica de Santa Isabel com Catharina Alcantara de 24 anos filha de Pedro Francisco de Alcântara e Deolina Maria de São José, nascida em   14/07/1909.

Abaixo Construção da BR 262 – 1964. Trecho entre Marechal Floriano e Vitor Hugo- Empresa Queiroz Galvão. Fotos acervo Florentino Delpuppo.



                    Foto de Marechal Floriano – 1973. Acervo Jair Littig


  Integralismo até a Segunda Guerra Mundial

A Vila de Marechal Floriano também teve os seus integralista. Um deles foi o meu pai. Lembro-me bem de uma camisa verde que ficava guardado no seu armário. Minha mãe detestava. Mais tarde fui entender deste ódio pela camisa. Meu pai foi preso em Campinho, quando houve um comício na praça da estação, em 1936. No final deu até tiros.  Campinho era foco dos integralistas. Em Marechal além do meu pai, ainda tiveram outros.  Um dos grandes incentivadores da região do Braço do Sul, foi João Hoffmann, professor . Seus alunos tinham um uniforme bem a caráter. Foi fazer uma operação de câncer no Rio de Janeiro, onde veio a falecer. Muitos de seus familiares acreditavam que ele tinha sido morto, por ser muito fiel ao integralismo. Quanto ao meu pai, segundo informações se arrependeu pela simpatia a sigla. Mas não gostava do Getúlio Vargas. Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas, extingue  todos os partidos políticos, e instaura o Estado Novo.  Sábado,  22 de agosto de 1942, dia em o Brasil declarou guerra contra o eixo ( Alemanha, Itália de Japão). No município de Domingos Martins , no dia seguinte o prefeito vai a Santa Isabel, depois da missa, comunica a todos , a nova ordem no Brasil. Uma delas, não podemos mais expressar o idioma alemão e italiano no Brasil. Em 04 de outubro de 1942, na igreja luterana de Campinho, em uma assembleia extraordinária, o prefeito Otaviano dos  Santos, Delegado de Polícia e a comunidade, para cumprir determinações como;  Ficou proibido do culto  em alemão;  O pastor tinha que ser brasileiro; Abaixo Partes da ata, sobre a nova exigência da igreja luterana de Campinho. Acervo: Igreja Luterana de Campinho.



Expressar o idioma alemão, era muito perigoso. Na época havia espião para saber quais famílias ainda praticavam o idioma. Emílio Gustavo Hülle conta que somente a noite, e ainda com tom bem baixo, é que falava –se em alemão. Seu pai tinha um radio, a noite sintonizava a radio alemã Deutsche Welle, para saber noticias da guerra. Aos domingos era comum pessoas ir  na residência de seu pai, para obter informações da guerra. Foi denunciado sobre estas visitas, e teve que ir a delegacia de Campinho, para maiores esclarecimentos. Não foi preso, mas teve que  retirar do túmulo de seu filho Albert, as informações em idioma alemão. Foi orientado em queimar todos livros e documentos de língua alemã e até  fotografias dos seus antepassados.  Combinou com a esposa, a noite quando todos estava dormindo, abriu um buraco  no assoalho da casa , colocou numa caixa toda esta documentação, retirando somente após a guerra. na foto a esquerda Foto  do túmulo de Albert Hülle, filho de Emil Oscar Hülle, onde a lápide foi quebrada para retirar as inscrições em alemão. Este túmulo ainda encontra-se no cemitério luterano de Campinho. Foto do Acervo de Jair Littig; O registro ao lado foi uma entrevista com Emil  Gustavo,, filho de Emil Oscar Hülle.

                                  Continua [ ... ]



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